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Cidades

MS atinge somente 72% da meta de vacinação contra gripe A

Para crianças até dois anos e gestantes o prazo foi prorrogado

Antonio Marques | 20/05/2016 18:03
Iniciada no dia 30 de abril, a Campanha de vacinação atingiu apenas 72% da meta em MS (Foto: Alcides Neto)
Iniciada no dia 30 de abril, a Campanha de vacinação atingiu apenas 72% da meta em MS (Foto: Alcides Neto)

O Estado de Mato Grosso do Sul conseguiu atingir somente 72% da meta de cobertura vacinal contra a Influenza (gripe A ou H1N1) até as 17 horas desta sexta-feira, 20, conforme dados do Sipni (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações), fornecidos pelo Datasus do Ministério da Saúde. Foi o quinto Estado com a menor imunização no país.

Das 582.399 mil pessoas do grupo de risco a ser imunizadas, apenas 419.666 haviam tomada a vacina. Mato Grosso do Sul ficou a frente do vizinho Mato Grosso e Roraima, ambos com 68,9% da meta; Acre (65%) e Rio Grande do Norte (70,7%).

Como o sistema é abastecido, on line, pelos municípios pode acontecer de algumas secretarias de saúde deixarem para informar os dados na segunda-feira, o que vai provocar alteração nos percentuais, por conta do último dia de vacinação para todos os grupos de riscos ter sido hoje.

A vacinação contra influenza na rede pública foi destinada a alguns grupos prioritários: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes e mulheres até 45 após o parto, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas, pessoas portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade e pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema penitenciário.

Nessa quinta-feira, 19, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) anunciou a prorrogação do prazo da campanha para crianças, de seis meses até dois anos de idade, que passou para 30 de junho; e para gestantes, que vai até o final de novembro. A campanha iniciou no dia 30 de abril.

Meta - A meta do Ministério da Saúde era vacinar, pelo menos, 80% das 49,8 milhões de pessoas que compõem a população prioritária. Para isso, foram disponibilizadas pelo governo federal aos estados 54 milhões de doses da vacina. 100% das doses da vacina foram entregues pelo Ministério aos gestores estaduais até o dia 13 de maio, cumprindo com o acordo firmado no âmbito da CIT (Comissão Intergestores Tripartite), da qual fazem parte União, estados e municípios. Mato Grosso do Sul recebeu 722 mil doses, que foi repassadas para todos os municípios.

Na região Centro-Oeste, o Estado ficou a frente apenas do vizinho Mato Grosso, que chegou a vacinar 68,9% do grupo de risco determinado. Goiás imunizou 84,9% da meta e o Distrito Federal foi o campeão nacional na imunização contra a gripe, atingindo 94,29% do índice estipulado. Toda a região atingiu 80,5% da meta, ficando 3% da média nacional.

Campo Grande atingiu 71,3% da meta. Dos 166.344 pessoas a serem vacinadas, 118.742 foram imunizadas, conforme dados do Datasus. Os municípios de Jatei e Inocência foram os únicos que cumpriram os números determinados, 112,5% e 101%, respectivamente. Paraíso das Águas foi um caso a parte. Conforme os dados do Datasus, o município deveria imunizar 74 pessoas e vacinou 557, ou seja superou a meta em 7,5 vezes.

Dos 79 municípios, apenas em 11, a imunização superou os 90% do determinado. Com destaque para Bandeirantes (99,7%), Água Clara (97,65) e Naviraí, onde foi registrado quatro mortes, a cobertura chegou a 97,59%.

Alguns municípios, conforme dados do Ministério da Saúde, não atingiram nem 40% da meta. Laguna Carapã foi o que menos vacinou, apenas 635 pessoas do total de 2.272, sendo 950 indígenas. O sistema do Datasus aponta que nenhum índio foi vacinado.

Também constam entre os que menos imunizaram, Bodoquena (29,2%), Caarapó (32%), Amambai (38,5%) e Rio Verde de Mato Grosso (39,9%).

Dentre os grupos prioritários a serem imunizados, o que mais se aproximou da meta no Estado foi “os trabalhadores da saúde” (90,1%). Do total de 48.158 funcionários da saúde, 43.425 receberam a vacina. Os “idosos” foi o segundo grupo (83,3%), seguido pela mulheres até 45 dias após o parto (77,8%).

O grupo de “crianças” foi o terceiro com menor cobertura (67,5%), na frente apenas de gestantes (56,6%) e indígenas (51,6%), o grupo com menor imunização no Estado.

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