Mulher que criou suspeito de aliciar garota se recusa a acreditar no crime
A mulher que acolheu e criou desde os 7 anos Natan Augusto Marques, suspeito de aliciar uma menina de 12 anos por mensagens de whattsApp, está perplexa com a situação e diz que o crime não condiz com o perfil que o rapaz tem em casa. Ela não quis ser identificada. Contou que criou o rapaz como filho depois que ele foi abandonado pelos pais biológicos.
“A conduta dele dentro de casa é diferente. Ele trabalha, se dá bem com as pessoas. Foi uma surpresa”, relata. A mulher fala que tem outros cinco filhos e nenhum deles “desviou-se” dos princípios e educação passados por ela, os mesmos aos quais Natan teve acesso.
Ela ainda reluta em acreditar que a culpa do rapaz seja verdadeira. “Se ele for declarado culpado, não tenho mais em que acreditar. Quero que o caso seja esclarecido. Vou acompanhar e ver até onde posso ajudar”, diz.
Crime – Natan foi detido pela Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente) e prestou esclarecimentos sobre o episódio. Ele tem passagens pelo mesmo crime em 2013. O pai da vítima, de 42 anos, contou à polícia que o assédio começou em setembro do ano passado.
A filha, segundo ele, não soube explicar como o suspeito conseguiu o número do celular dela. Natan dizia ter 16 anos e durante três meses pediu que a jovem enviasse fotos nuas. Ela recusou. O suspeito então ameaçou matar toda a família da vítima. Com medo, ela mandou imagens sem roupa, mas não contou aos pais.
O suspeito chegou a ir até a casa em que a menina mora, mas segundo o pai, ela não abriu a porta. Em novembro, a menina teve um problema com o celular e ficou sem contato com o rapaz. As conversas foram retomadas já em 2015, quando ele passou a pressioná-la para terem relações sexuais. Foi então que a garota resolveu revelar o ocorrido à família.
A menina contou aos pais também que Natan adicionou cinco amigas dela no Facebook. A mãe dela entrou na rede social e copiou uma foto do jovem e a publicou acusando-o de pedofilia. A mulher relata que durante o período de assédio não notou nenhum tipo de comportamento estranho por parte da filha.