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Cidades

No Estado, 50 locais vendiam produtos impróprios para o consumo

Michel Faustino | 21/08/2014 14:13
Maior volume de apreensão foi registrado na região norte do Estado (foto: divulgação/Decon)
Maior volume de apreensão foi registrado na região norte do Estado (foto: divulgação/Decon)
Em Cassilândia e Costa Rica foram apreendidas 4,5 toneladas de queijos inadequados ao consumo. (foto: divulgação/Decon)
Em Cassilândia e Costa Rica foram apreendidas 4,5 toneladas de queijos inadequados ao consumo. (foto: divulgação/Decon)

De janeiro até agosto deste ano cerca de 70 toneladas de alimentos impróprios para o consumo humano já foram apreendidos e descartados e mais de 50 estabelecimentos multados em Mato Grosso do Sul. Esse é o balanço preliminar feito pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), que realiza as fiscalizações em parceria com o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e Vigilância Sanitária.

De acordo com o titular da Decon, delegado Gomides Ferreira dos Santos Neto, o maior volume de apreensões registrado no Estado este ano foi de 30 toneladas de alimentos impróprios para o consumo humano apreendidos em operação realizada em março em municípios da região norte.

Já a segunda maior apreensão foi de cerca de 10 toneladas de produtos de origem animal clandestinos, apreendidos no início de julho em estabelecimentos comerciais dos municípios de Costa Rica, Figueirão, Cassilândia, Paranaíba e região.

Segundo ele, somente em dois laticínios dos municípios de Cassilândia e Costa Rica foram apreendidas 4,5 toneladas de queijos inadequados ao consumo. Os produtos não tinham origem comprovada, nem haviam passado por inspeção dos órgãos sanitários.Os queijos eram vendidos de maneira irregular para laticínios e cooperativas do Estado de São Paulo.

Gomides frisa que os estabelecimentos comerciais fiscalizados tinham condições higiênicas precárias ou até mesmo não possuíam condição alguma, contrariando todas as legislações sanitárias vigentes.

"Infelizmente, principalmente, no interior, não há o cuidado necessário com o armazenamento e o transporte desses alimentos. Isso representa um risco a saúde e também uma concorrência desleal prejudicando aqueles que cumprem todas as normas", alertou.

O consumo de produtos de origem animal produzidos a partir de abates clandestinos pode gerar diversas doenças (foto: divulgação/Decon)
O consumo de produtos de origem animal produzidos a partir de abates clandestinos pode gerar diversas doenças (foto: divulgação/Decon)

Fiscalização - Em Campo Grande, as ações não são frequentes. Segundo o delegado, o volume de apreensões de alimentos impróprios na Capital representa menos de 10% do volume total apreendido em todo o Estado.

De acordo com o técnico da Vigilância Sanitária do município, Leonardo Azambuja Jacarandá, este ano já foram apreendidas aproximadamente 6 toneladas de alimentos impróprios para consumo em estabelecimentos da Capital. Segundo ele, o volume de apreensões não sofreu uma grande variação em comparação com o ano passado, onde foram apreendidas ao todo 15 toneladas de alimentos.

Na Capital, Azambuja ressalta que as ações são periódicas e a maioria das fiscalizações, que são feitas a pedido do Ministério Público Estadual, são para verificar irregularidades no armazenamento e manuseio de produtos de origem animal.

Segundo ele, a maior dificuldade encontrada pela Vigilância na Capital é quanto a fiscalização de restaurantes, pequenos comércios e açougues localizados na periferia na cidade.

Na semana passada, foram apreendidas cerca de 1 tonelada de carne bovina que foi transportada irregularmente em um açougue no bairro Tiradentes, saída para Três Lagoas.

O consumo de produtos de origem animal produzidos a partir de abates clandestinos pode gerar diversas doenças para o ser humano, como cisticercose e brucelose, além de transtornos gástricos como diarreia, vômitos e, em casos mais graves, até mesmo óbito.

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