No posto da Vila Almeida, idosa com pneumonia espera vaga na UTI
Mais um caso de paciente em estado gravíssimo que aguarda por vaga em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Mariana Felícia de Souza, 80 anos, está há dois dias na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Vila Almeida e a família enfrenta uma cruzada em busca de vaga.
Seu quadro é considerado muito grave, ela respira por aparelhos e foi induzida ao coma. “Cadê o estatuto do idoso? As pessoas vão morrer agora? Se eu tivesse dinheiro tinha internado em hospital particular”, desabafa a neta, a operadora de caixa Tatiane Cândia de Souza Silva, 27 anos, que está acompanhando a avó. Além da falta de vagas, ela aponta falta de medicação no posto de saúde, a família precisou comprar azitromicina para a idosa.
Ela diz que um tio está tentando vaga em UTI junto à Defensoria Pública, mas teme pela vida da avó, que está frágil e é hipertensa.
No início desta semana o Campo Grande News mostrou a situação do maior hospital da cidade, a Santa Casa, onde os 93 leitos da UTI estavam ocupados e a lotação na área vermelha era de 200%. Com a chegada do inverno, casos graves associados a problemas respiratórios aumentam e por isso a preocupação com a falta de vagas é também maior.
Outro caso – Na tarde de ontem, Elizabeti de Mattos Andrade, 60 anos, que aguardava na UPA das Moreninhas vaga em UTI foi transferida para o Hospital Regional Rosa Pedrossian.
Em estado gravíssimo, em coma induzido, com pneumonia e infecção generalizada, ela não está respondendo ao tratamento, segundo o genro, Ivan Domingues, 28 anos. “O que nos traz um alívio é ela ter conseguido a vaga”.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) foi procurada, via assessoria de imprensa, e adiantou que a falta de vagas em UTIs é um problema constante para a regulação.