Operação de SP cumpre mandados no Presídio Federal de Campo Grande
Conforme o delegado do Garras, Fábio Peró, parte desses mandados de busca e apreensão atinge mulheres de presos que são conhecidas dentro da facção como “cunhadas”
A operação desencadeada pela Polícia Civil de São Paulo contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) cumpre mandados de prisão na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, na PED (Penitenciária Estadual) em Dourados e na cadeia de Naviraí.
Segundo o delegado do Dise (Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes), Celso Marques Caldeira, no total serão cumpridos em Mato Grosso do Sul cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão. Além de Campo Grande, Dourados e Naviraí, os agentes com apoio do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) estão em Coronel Sapucaia e Nova Andradina.
Nesta manhã, no Bairro Dom Antônio Barbosa, região sul da Capital, Ioneide Benites Pontes, 37 anos, (mulher de presidiário) foi presa em flagrante com R$ 9 mil em dinheiro, revólver calibre 32 e porções de crack.
Em Coronel Sapucaia, o alvo de mandado de busca e apreensão não foi localizado. A informação é de que ele está no Paraguai. Já em Nova Andradina, os policiais descobriram que o investigado já havia sido preso por tráfico de drogas e transferido para o Presídio de Segurança Máxima.
Conforme o delegado Fábio Peró do Garras, parte desses mandados de busca e apreensão atinge mulheres de presos que são conhecidas dentro da facção como “cunhadas”. Ou mulheres que foram presas e acabaram batizadas pela facção. Os alvos que já estão presos serão ouvidos nas penitenciárias. No interior, já foram apreendidos vários objetos, entre eles aparelhos celulares.
Operação - A Operação denominada Echelon, que significa "atacar em ondas", cumpre 75 mandados de prisão e 59 de busca e apreensão em 14 Estados, entre eles Mato Grosso do Sul. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, as investigações começaram a partir de manuscritos encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau por agentes penitenciários. A polícia identificou sete líderes e confirmou a existência de uma célula chamada “sintonia de outros estados e países”.
Os criminosos teriam assumido as funções da “sintonia” quando os líderes da organização criminosa ficaram isoladas no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) em 2016, em decorrência da operação Ethos, que revelou esquema envolvendo advogados da facção. Fazem parte dessa célula 103 membros.