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Cidades

Operação prende 75 membros do PCC, 7 são chefes da facção no País

Após 12 meses de investigação, foi descoberto como a cúpula do grupo mantinha contato com bandidos em outros Estados, atuando nos tráficos de armas e drogas

Viviane Oliveira | 14/06/2018 10:47
Policiais civis no Presídio de Segurança Máxima onde presos são alvos da operação  (Foto: Saul Schramm)
Policiais civis no Presídio de Segurança Máxima onde presos são alvos da operação (Foto: Saul Schramm)

A Operação Echelon, que significa "atacar em ondas", deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) vai prender 75 integrantes da facção em 14 Estados, entre eles Mato Grosso do Sul. Após 12 meses de investigação, foi descoberto como a cúpula do grupo mantinha contato com bandidos em outros Estados, atuando nos tráficos de armas e drogas.

A Polícia de São Paulo foi acionada quando pedaços de manuscritos foram encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau (SP) por agentes penitenciários. Após a identificação de sete líderes da organização, a equipe policial descobriu a existência da célula “Sintonia de Outros Estados e Países”.

Os trabalhos, então, revelaram até o momento o envolvimento de 103 integrantes, sendo que 75 serão presos nesta quinta-feira (14). Alguns são presidiários e terão os mandados cumpridos nas respectivas cadeias. 

O grupo investigado, segundo a polícia, é responsável por acirrar a disputa de facções no País, além de envolvimento em homicídios e desaparecimentos de pessoas. No primeiro semestre deste ano, pelo menos seis pessoas foram julgadas pelo "tribunal do crime" do PCC e condenadas à morte em Mato Grosso do Sul.

No Estado, são alvos da operação: detento da Penitenciária Federal de Campo Grande, do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, na PED (Penitenciária Estadual) em Dourados e da cadeia de Naviraí. Também há mandados de busca e apreensão em Coronel Sapucaia e Nova Andradina.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada no começo deste mês, o PCC tem faturamento estimado de, no mínimo, R$ 400 milhões por ano. Alguns policiais acreditam que esse número pode chegar a cerca de R$ 800 milhões, o que colocaria a facção entre as 500 maiores empresas do País.

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