Paralisação da Educação deixa 80% dos alunos do Estado sem aula
Servidores estão reunidos no Parque dos Poderes para um ato em frente a SED; Docentes cobram reajuste de 7,64% do piso salarial
Cerca de 80% dos alunos da Rede Estadual de Ensino estão sem aula nesta terça-feira (30) por causa da paralisação dos servidores da Educação, professores e administrativos. De acordo com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS), Roberto Botareli, cerca de 25 a 30 mil profissionais pararam sua atividades hoje.
"A nível de estado a paralisação é de cerca de 80% e em Campo Grande passa de 90%. Ainda estamos fazendo o levantamento", afirmou Botareli.
A paralisação de hoje é realizada pela Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS) porque a categoria não recebeu o aumento de 7,64% do piso salarial nacional que tem janeiro como data-base.
Mato Grosso do Sul tem 266.255 estudantes matriculados, ou seja, 213.004 alunos ficaram em casa hoje. Ao todo são 183 escolas em tempo integral e 368 de ensino regular, conforme dados da Sed (Secretaria Estadual de Educação).
Os servidores estão reunidos na rotatória da avenida Afonso Pena com o Parque dos Poderes, para um ato em frente a Sed. A paralisação atinge 68 municípios do interior.
"Esse é só um alerta, não descartamos uma greve geral. Pedimos em março para a secretária de Educação, Maria Cecília, intervir ao governo, mas se interviu não deu resultado", destacou.
Conforme a Fetems, o aumento é assegurado pela Lei 11.738/2008, a chamada Lei do Piso, e pela Lei Complementar Estadual n.º 200/2015. A Federação reclama ainda da não incorporação de abono de R$ 200,00 no salário dos servidores administrativos da Educação.
O presidente do ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, disse que o sindicato está apoiando a Fetems. A expectativa é que quatro mil pessoas devem participar do ato no Parque dos Poderes.
"Essa é a única alternativa de cobrar um posicionamento do Governo do Estado. Estamos analisando a possibilidade de caminhar até a governadoria", afirmou.