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Cidades

PF faz operação contra organização que causou prejuízo de R$ 350 milhões

Operação Labirinto de Creta, fase II, combate sonegação fiscal em Mato Grosso do Sul e São Paulo

Viviane Oliveira | 28/07/2017 07:22
Carros de luxo apreendidos durante a operação, desencadeada nesta manhã (Foto: divulgação/Polícia Federal)
Carros de luxo apreendidos durante a operação, desencadeada nesta manhã (Foto: divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã a segunda fase da Operação Labirinto de Creta, para desarticular organização criminosa que fraudou o Fisco em cerca de R$ 350 milhões. Também participam da ação a Receita Federal e o Ministério Público Federal. O alvo é um grupo de frigorífico. 

Os crimes investigados são: sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica, estelionato qualificado, fraudes previdenciárias e lavagem de dinheiro. No total, serão cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e empresas ligadas e vinculadas a organização criminosa, nas cidades de Terenos, Campo Grande e São Paulo.

Segundo a Polícia Federal, a força tarefa foi montada para combater organização criminosas que usam empresas para a sonegação de altos valores, o não pagamento de obrigações previdenciárias e burla direitos trabalhistas de empregados.

A operação de hoje, centrou-se no setor de frigoríficos, mais especificamente em um grupo econômico que apresenta faturamentos elevados, porém com irregularidade nas escriturações contábeis.

Dessa forma, apurava-se o crédito tributário, porém, não era possível reaver os valores sonegados, haja vista o quadro societário pertencer a pessoas sem condições financeiras. Os bens adquiridos, frutos da sonegação fiscal, restavam “blindados” pelos reais proprietários, com a utilização de “laranjas” ou de empresas criadas para este fim.

A primeira fase da operação ocorreu em 2014, quando o foco foi outro grupo empresarial, também no ramo frigorifico. Um dos envolvidos, empresário do ramo, foi condenado a 5 anos e oito meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.

Participam da operação, 100 policiais federais, 18 auditores fiscais e 14 analistas da Receita Federal. O nome da operação faz referência a um labirinto que existia na cidade de Creta, com vários percursos construídos com a intenção de desorientar que os percorria e que abrigava o lendário Minotauro.

Dinheiro dentro de uma Bíblia. (Foto: divulgação/Polícia Federal)
Dinheiro dentro de uma Bíblia. (Foto: divulgação/Polícia Federal)
Dezenas de garrafas de vinho apreendidas. (Foto: divulgação/Polícia Federal)
Dezenas de garrafas de vinho apreendidas. (Foto: divulgação/Polícia Federal)
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