População foi prejudicada por falta de transição na saúde, diz ex-secretário
A população de Campo Grande foi a principal prejudicada pela falta de transição na área de saúde entre a atual gestão e a anterior. A afirmação foi feita, na tarde de hoje, pelo ex-secretário municipal de Saúde, Leandro Mazina, que presta depoimento, desde às 14h30 de hoje (15) à CPI da Saúde da Assembleia.
Ele disse que um dos problemas mais visíveis foi a falta de medicamento nos postos de saúde no primeiro semestre. Na ocasião, o prefeito Alcides Bernal (PP) foi obrigado a pedir socorro ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, para abastecer as unidades de saúde.
Mazina contou, durante o depoimento, que fez vários relatórios sobre a situação da saúde pública e dos programas em andamento. No entanto, nenhum dos relatórios foram lidos pelo sucessor, Ivandro Fonseca.
Ele explicou que não teve oportunidade de explicar nada, porque o prefeito Alcides Bernal não teve interesse em fazer a transição.
Sobre a falta de remédios, Mazina confirmou que a licitação foi suspensa em dezembro por orientação a diretor da Central Municipal de Compras, Bertholdo Figueiró. Ele disse que o estoque era suficiente para abastecer os postos de saúde até março deste ano, um período de três meses. Na avaliação do ex-secretário, a quantidade era suficiente até a realização de nova licitação.
“Tenho documentos para comprovar que havia medicamentos em estoque”, ressaltou.
Mazina rebateu as denúncias de Bernal, de que a ação para esvaziar o estoque de medicamentos da rede municipal foi proposital para prejudicar o atual prefeito. O depoimento segue na Assembleia e não tem previsão de terminar.