Reinaldo rejeita reeditar ICMS menor para diesel e diz que busca alternativa
Anúncio foi feito durante evento na Fiems, na tarde desta quinta-feira (24). "Concordo com greve desde que não cercei o direito de ir e vir", disse
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (24), em Campo Grande, que não pretende rever a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) sobre o diesel, a exemplo de como foi feito em 2015. Á época, o valor foi reduzido de 17% para 12%, conforme lembrou o governador durante agenda pública, na sede da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).
"Já fizemos isso em acordo com setor produtivo e de distribuição de petróleo. Baixamos de 17% para 12% para que houvesse aumento do consumo. Naquela época, o consumo não aumentou, tanto que a alíquota voltou ao valor", lembrou.
"Estamos dialogando com Sinpetro [Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul], e buscando alternativas, mas temos que considerar a anualidade da lei do ICMS. A questão deve ser resolvida a nível federal", reforçou.
Considerando o ICMS, Mato Grosso do Sul tem a menor alíquota de gasolina do País, 25%, a mesma de São Paulo, sendo a alíquota sobre o diesel de 17%, a 9ª tarifa do Brasil, de acordo com Azambuja.
"O grande problema é a precificação do petróleo em dólar. O barril de petróleo saiu de U$ 38 para U$ 82, e o dólar subiu junto, puxando os preços para cima. Entendo ser legítima a reivindicação dos caminhoneiros, mas desde que não haja cerceamento do direito de ir e vir, causando prejuízos e desabastecimentos", acredita.
Ele disse ainda que o Governo Federal está "sentado à mesa" com toda a liderança nacional. "Precisa achar uma solução rapidamente. Não pode continuar esse jogo de empurra entre governo federal e os estados", defende.
O governador participou, nesta tarde, da apresentação de balanço do Fadefe (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e Equilíbrio Fiscal).