Denúncia de mãe de menina de 12 anos trouxe à tona grupo de sexo
Grupo de adolescentes se reuniam para praticar sexo, consumir bebidas alcoólicas e drogas
Um dos fatos que marcaram 2011 foi o episódio de uma mãe desesperada que procurou a Polícia para denunciar que a filha de 12 anos participava de um grupo chamado de ‘Congresso do Bulimento’. Os estudantes entre idades de 12 e 17 anos, de uma escola estadual no residencial Iracy Coelho, em Campo Grande, matavam aula para se reunir em uma casa para praticar sexo, consumir bebidas alcoólicas e drogas.
O líder, um garoto de 16 anos, na época morava com a mãe que trabalhava o dia todo e só retornava à noite. Ele aproveitava está situação para usar a casa como ponto de encontros entre os adolescentes.
O convite era feito de boca em boca dentro da escola. Na residência, localizada na rua Dona Albertina Rosa, próximo da escola estadual, os garotos faziam bagunça, ouviam música alta e se exibiam com copos de bebida alcoólica em frente da casa e com fotos nas redes sociais.
O menino que dizia ser líder do ‘Congresso do Bulimento’, mostrou para a equipe do Campo Grande News camisetas que eles mandaram fazer com nome e frases do grupo. Cada um tinha um apelido, o garoto era chamado de Til Rei.
Conforme ele ganhou essa alcunha porque havia ficado com um número maior de meninas. Ele disse que nunca obrigou ninguém a frequentar a casa. As meninas iam porque queriam. A menina de 12 anos confirmou que fez sexo uma vez na casa.
Os rapazes mantinham perfil em uma rede social para exibir fotos do grupo com garrafas de vodca na mão e fazendo apologia ao sexo.
Os adolescentes também aparecem pichando nas paredes de uma casa o nome do grupo: Congresso do Bulimento. Em outras fotos, o jovem de 16 anos apontado pela mãe da adolescente como o organizador dos encontros está sem camisa e exibe o próprio corpo.
Punidção - O promotor da Infância, Adolescência e Juventude, Sérgio Harfouche, entrou com o pedido de indiciamento de sete adolescentes integrantes do grupo.
Os menores foram indiciados pelo ato infracional de estupro de vulnerável. Eles foram denunciados pela associação criminosa, vadiagem, por matar aula, usar droga e praticar sexo.
Dos sete indiciados, o promotor pediu a internação de dois adolescentes, sendo um de 14 e outro de 16 anos. Eles eram os lideres do grupo. Na época o promotor explicou que inicialmente não tinha a intenção de representar contra os menores, mas mudou de decisão após analisar o inquérito policial.
Pregador - Outro caso que aconteceu foi em agosto deste ano quando um suposto pregador foi preso em flagrante por estupro de uma menina de 13 anos.
Edson Scaletto da Silva, de 20 anos, conheceu a garota em uma igreja localizada no Parque do Sol. Eles trocaram telefone, e depois voltaram a se encontrar. Os dois foram flagrados dentro de um veiculo no hipódro Jockey Clube, saída para São Paulo, em Campo Grande.
Para a reportagem do Campo Grande News ele contou que no local os dois começaram a trocar carícias, chegou a colocar o preservativo, mas a penetração não foi consumada. Para a Polícia a menina confirmou que foi até o local por vontade própria, mas não responde claramente se quis iniciar a relação sexual ou não.
Questionado sobre sua profissão durante o depoimento para a Polícia Civil Edson se apresentou como pregador itinerante da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, formado em teologia.
Mesmo não tendo existido a penetração, o caso é considerado como estupro de vulnerável de acordo com a nova legislação. Ele cometeu atos libidinosos com uma menor de idade e isso já caracteriza estupro, não havendo necessidade de ter havido conjunção carnal.