Mãe pede ajuda para tirar filha de 12 anos de grupo de sexo
Os adolescentes fazem parte de um grupo chamado “Congresso do Bulimento". Integrantes têm até uniforme do 'clube'
Mãe de três filhas, de 16, 12 e dois anos, a manicure Zilma Costa Barreto, 30, vive um drama há oito meses. A menina de 12 seria freqüentadora de uma lugar conhecido como a casa do sexo. Zilma diz ter denunciado o fato à polícia. No endereço indicado pela mãe - rua Dona Albertina Rosa , no residencial Iracy Coelho, em Campo Grande, a suposta organização de adolescentes já teria sido desfeita.
Segundo Zilma, o grupo é conhecido como “Congresso do Bulimento”. Seu líder seria um menino de 16 anos. “O garoto mora com a mãe que trabalha o dia todo e só chega à noite. Ele aproveita está situação para usar a casa como ponto de encontros entre os adolescentes”, afirma Zilma.
Ela diz que os adolescentes estudam em uma escola estadual no bairro e ‘matam aula’ para se encontrarem. Junto da mãe, a adolescente conta que o convite é feito de boca em boca dentro da escola. A menina confirma já fez sexo uma vez na casa.
“Sexta-feira (20) eu fui lá atrás da minha filha. A casa estava cheia de garotas que dançavam só de peças intimas para os meninos”, afirma Zilma. Ela conta que a idade deles é entre 12 a 17 anos.
Um vizinho de 59 anos, que não quis se identificar, disse que a casa é um entra e sai de adolescentes. Eles chegam com uniformes da escola, diz, calculando entre 10 a 15 meninos e meninas. “Tem dia que tem som alto, aqui na frente eles se beijam e se abraçam, mas o comentário é que ai dentro rola sexo”.
O vizinho comenta que a situação incomoda, os garotos fazem muita bagunça e que já flagrou um deles com copo de bebida alcoólica.
Para a professora aposentada, Nilda de Lima Martins, 61 anos, os adolescentes não praticam sexo, eles só querem se divertir. Ela mora ao lado da casa, e disse que é responsável por cuidar do garoto enquanto a mãe está fora.
Segundo Nilda, o menino é bom e tranquilo. “Eles matam aula para vir pular, brincar, jogar bola. Eu dou conselho para eles não fazerem isso, mas não adianta.
Segundo os vizinhos, a polícia já foi acionada três vezes pelos pais dos alunos, mas não adiantou nada.
“Eu acho que esses pais deveriam ter um diálogo com essas crianças, o menino não tem culpa, ele não obriga ninguém a vir aqui”, explica Nilda.
Procurado pelo Campo Grande News, o garoto confirma que a casa era usada como ponto de encontro para sexo, mas que hoje o grupo não existe mais. Ele afirma que no lugar não entrava bebidas alcoólicas e nem drogas, apenas rolava sexo.
O menino relata que era líder do congresso do bulimento, mostra até camisetas que eles mandaram fazer com nome e frases do grupo. “Cada um tinha um apelido, o meu mesmo era Til Rei”.
Conforme o garoto ganhou essa alcunha porque ficou com um número maior de meninas. Ele disse que nunca obrigou ninguém a frequentar a casa. “Vem quem quer”, finaliza.
Segundo a conselheira Cassandra Szuberski, o Conselho Tutelar ainda não tinha conhecimento dos fatos. Segundo ela, vai investigar se a denúncia é procedente ou não.
Se for constatado, os pais e a escola serão acionados. Conforme a conselheira o caso é grave. “A instituição tem obrigação de saber se os alunos estão presentes ou não e avisar os pais.”
Ameaça - Zilma registrou um boletim de ocorrência contra o adolescente. Segundo ela, foi ameaçada pelo garoto o dia que foi na casa dele procurar por sua filha.
A manicure conta que atualmente vive com um homem que não é pai das duas meninas mais velhas. Conforme ela, o ex-esposo disse que ela é culpada por tudo isso que está acontecendo com a garota.