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Cidades

Rodovias fechadas e ônibus nas garagens afetarão saída para feriadão

Paralisação também deve causa transtornos em aeroportos

Anahi Zurutuza e Amanda Bogo | 27/04/2017 17:28
Caminhoneiros prometem cruzar os braços e fechar rodovias (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Caminhoneiros prometem cruzar os braços e fechar rodovias (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

Além do deslocamento dentro da cidade, a greve geral dos trabalhadores contra as reformas trabalhista e da Previdência, também deve dar dor de cabeça para quem pretende ou precisa viajar nesta sexta-feira (28), véspera do feriado prolongado. Caminhoneiros prometem fechar rodovias do Estado e a paralisação também deve afetar o funcionamento da rodoviária e do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

A partir das 5 horas, caminhoneiros vão fechar o macroanel viário de Campo Grande, impedindo o acesso às BRs 163 e 262, segundo Samir José dá Silva, presidente da Fetetroci-MS (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas, de Coletivos Intermunicipais e Interestaduais do Estado de Mato Grosso do Sul). Ele não soube especificar quantos caminhoneiros e portando veículos ficarão parados nas pistas.

Silva também preside o sindicato que representa os trabalhadores em transportes de passageiros. Segundo ele, os empregados da empresas de ônibus, inclusive motoristas, vão parar das 5h às 7h e por isso, a saída dos carros das rodoviárias de Mato Grosso do Sul pode atrasar.

A Socicam, que administra o terminal rodoviário da Capital, prevê, entretanto, movimento intenso no terminal para amanhã. Durante o feriado, 18 mil passageiro devem passar pela rodoviária. Entre sexta-feira e sábado (29), 4 mil devem deixar a Capital pela plataforma.

O sindicalista também não soube dizer o número de ônibus e passageiros que vão deixar de embarcar. “A única atividade que para o país é o transporte. Estamos divulgando para ninguém ser pego de surpresa”, disse Samir Silva, admitindo que haverá transtornos, embora considere a paralisação necessária.

Movimento na rodoviária em véspera de feriado; amanhã, ônibus não saem até às 7h, garantem sindicalistas (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo
Movimento na rodoviária em véspera de feriado; amanhã, ônibus não saem até às 7h, garantem sindicalistas (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo
Aeronave na pista do Aeroporto Internacional de Campo Grande; funcionários anunciaram paralisação (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Aeronave na pista do Aeroporto Internacional de Campo Grande; funcionários anunciaram paralisação (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Aeroporto – Os sindicatos nacionais dos aeroviários (que trabalham na manutenção e despacho de aeronaves) e dos aeroportuários (que exercem funções nos terminais) já anunciaram que funcionários dos aeroportos, incluindo o de Campo Grande, e empresas aéreas vão aderir à greve geral. Aeronautas – pilotos e tripulação – se reúnem hoje à noite para deliberar sobre o assunto.

O impacto disso, entretanto, segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) só poderá ser medido amanhã. A assessoria de imprensa da entidade informou que não há informação sobre cancelamentos de voos quem têm a Capital como destino ou partida.

A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), que administra o aeroporto da Capital, informou, também por meio da assessoria de imprensa, apenas que vai monitorar a situação e garantir o atendimento aos passageiros. “Para esclarecimentos sobre a programação dos voos, a Infraero recomenda o contato com a companhia aérea emissora do bilhete correspondente”.

Transporte urbano - Os usuários do transporte coletivo urbano de Campo Grande também serão prejudicados. De acordo com o presidente do sindicato que representa os motoristas de ônibus, Demétrio Ferreira de Freias, nesta sexta-feira os carros não vão sair da garagem.

“O que pedimos é compreensão. É uma mobilização nacional e fazemos em prol de todas as categorias . Sabemos que vai atrapalhar mas não há outra maneira”, afirmou o sindicalista.
Por dia, cerca de seis mil pessoas utilizam o serviço e elas também não poderão contar com os mototáxis.

O presidente do sindicato dos mototaxistas, Durvair Caburé, afirma que a categoria também vai parar. Os taxistas vão se reunir em assembleia nesta noite para decidir se aderem ou não à greve.

Em reunião na tarde desta quinta-feira entre representantes de nova sindicatos ligados ao transporte, os representantes das categorias empregadas no setor disseram estimar que 30 mil profissionais da área cruzem os braços em todo o Mato Grosso do Sul amanhã.

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