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Capital

Avisados hoje sobre a greve, pais se preocupam com ensino dos filhos

Escolas ficarão sem aula porque professores aderiram a paralisação nacional

Yarima Mecchi e Richelieu de Carlo | 27/04/2017 13:09
Pais esperam alunos saírem da escola. (Foto: Marcos Ermínio)
Pais esperam alunos saírem da escola. (Foto: Marcos Ermínio)

Avisados nesta quinta-feira (27) que não haverá aula amanhã (28), os pais dizem estar preocupados com a aprendizagem dos filhos. Na Escola Municipal Valdete Rosa da Silva apenas um bilhete foi entregue avisando da paralisação e os responsáveis vão ter que reorganizar a rotina.

A dona de casa Kelly dos Santos, 35 anos, aproveita o tempo que os filhos gêmeos, de quatro anos, ficam na escola para executar outras tarefas. "Eu não sei o que vou fazer amanhã. Tenho médico marcado e não tenho com quem deixar eles. Vou ter que levar para a consulta e é ruim ir com criança", destacou.

Desde segunda-feira (24) o ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) convoca as escolas para aderir a greve geral que será realizada em todo Brasil nesta sexta-feira (28).

O movimento grevista usa como argumentos as reformas da Previdência e trabalhista, propostas pelo Governo Federal e em análise no Congresso Nacional, e tem como objetivo parar o Brasil.

Bilhete entregue hoje. (Foto: Marcos Ermínio)
Bilhete entregue hoje. (Foto: Marcos Ermínio)

É a segunda vez este ano que os professores aderem a paralisação nacional contra as reformas. Em março, os estudantes de 47, das 98 escolas, ficaram no dia 16 e 17 sem aula.

O serralheiro José Luiz Ferraz, de 35 anos, se preocupa com o aprendizado das crianças e contesta o dia de reposição de aula, marcado para 6 de maio.

"Ela sem aula não me traz problema, mas é ruim porque é um dia sem aprendizado. A reposição no sábado é ruim, não é tão produtivo. Eles (alunos) estão acostumados com o ritmo de segunda a sexta. No fim de semana querem brincar, ir a igreja, se divertir", destacou.

A mesma opinião é compartilhada pela pensionista, Helena Bobato, de 51 anos. Ela tem uma filha de sete anos e se preocupa com o fato da menina ficar sem aula. "Um dia menos sem aprendizado. Atrapalha muito porque é ruim repor no sábado e a criança não quer ir" disse.

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