Escolas, ônibus, bancos: veja quais serviços vão parar em greve geral
Cerca de 97 mil alunos devem ser prejudicados e ficarão sem aula na rede municipal de ensino
Escolas públicas e até privadas, ônibus, agências bancárias, além de alguns serviços da Prefeitura e do Governo do Estado, não vão funcionar nesta sexta-feira (28). As categorias aderiram a paralisação geral que será realizada em todo Brasil.
O movimento grevista usa como argumentos as reformas da Previdência e trabalhista, propostas pelo Governo Federal e em análise no Congresso Nacional, e tem como objetivo parar o Brasil.
Nas escolas municipais, 97 mil alunos devem ser prejudicados e ficarão sem aula em Campo Grande. No Estado, são 258 mil estudantes. Ao todo são 1.745 estabelecimentos de ensino em Mato Grosso do Sul.
É a segunda vez este ano que os professores aderem a paralisação nacional contra as reformas. Em março, os estudantes de 47, das 98 escolas, ficaram no dia 16 e 17 sem aula.
A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) e o Sintrae (Sindicato dos Trabalhadores de Estabelecimentos de Ensino - Setor Privado), aderiram a paralisação.
De acordo com o presidente do Sintrae, Eduardo Botelho, o sindicato que representa as escolas privadas foi avisado. "Também pedimos aos pais que não levem os alunos. Temos dois mil filiados que são os profissionais de escolas privadas e aderimos a paralisação. Ainda não temos quantas vão parar. Se vai fechar ou não ficou por conta da escola", destacou.
Transporte - Os usuários do transporte coletivo e dos mototaxistas também serão prejudicados em Campo Grande. De acordo com o presidente do sindicato que representa os motoristas de ônibus, Demétrio Ferreira de Freias, nesta sexta-feira os carros não vão sair da garagem.
"Não vão sair da garagem na sexta-feira, ainda não sabemos se vai voltar".
Por dia cerca de seis mil pessoas utilizam o serviço. O presidente do sindicato dos mototaxistas, Dovair Caburé, disse que a categoria vai parar. Os taxistas vão se reunir em assembleia nesta noite para decidir se aderem ou não a greve.
Comércio - O diretor administrativo do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Euvidío Barbosa, declarou que a categoria também está com indicativo de greve, mas que os comerciantes vão abrir as lojas normalmente.
"A gente convoca principalmente porque é contra a reforma do direito dos trabalhadores. O comércio vai abrir, mas o trabalhador tem que ver como vai trabalhar porque não vai ter ônibus", declarou.
Bancos - O secretário de comunicação sindicato dos bancários, José dos Santos Brito, também informou que as agências bancárias não abrir. "Estamos chamando para a greve todos os bancários, a intenção é parar tudo. As do centro, principalmente, vão parar", destacou.
Outro serviço que vai continuar indisponível é dos Correios, a categoria está de greve desde ontem (26) e vai permanecer mobilizada.
O sindicato das agências lotéricas afirmou que os estabelecimentos vão funcionar normalmente.
Saúde - De acordo com o presidente do sindicato que representa os enfermeiros, Lazaro Santana, 50% da categoria vai parar a atividades. "A gente convocou toda a categoria, mas concentramos nos maiores hospitais. Santa Casa, Maternidade Cândido Mariano, HCAA (Hospital do Câncer Alfredo Abraão)", destacou.
De acordo com a assessoria de imprensa do SinMed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), a categoria vai decidir em assembleia nesta noite se adere a paralisação.
Órgãos Públicos - Cerca de mil servidores da Prefeitura de Campo Grande vão participar da manifestação. Ainda não há um levantamento de quais serviços vão ficar desfalcados.
Segundo o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), Marcos Tabosa, 10 mil servidores são representados pelo sindicato.
"Ainda não sabemos de quais serviços vão parar, mas dos 10 mil, acredito que mil param", disse.
De acordo com a presidente do Sinsad (Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Administração do Estado de Mato Grosso do Sul), Lilian Fernandes, dez categorias do Governo do Estado devem parar, entre elas Procon, Funtrab (Fundação do Trabalho), Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul). São cerca de sete mil servidores vão aderir.