Greve geral deixa 500 mil sem aulas e deve levar 5 mil trabalhadores às ruas
Além de professores, funcionários dos Correios também prometem parar; outras categorias programam mobilizações contra a reforma previdenciária ao longo do dia
Trabalhadores da educação, segurança pública, construção civil, servidores públicos federais e do Judiciário, empregados dos Correios e da construção civil, eletricitários, bancários e outras categorias, prometem ir às ruas de Campo Grande nesta quarta-feira (14) para protestar contra a reforma a previdência social, proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB). Também amanhã, professores da rede pública de ensino começam a greve geral que deve deixar ao menos 500 mil alunos sem aulas.
O encontro de todas as categorias está marcado para às 8h na Praça Ary Coelho e a expectativa é que 5 mil trabalhadores participem do movimento. Entretanto, empregados na construção civil, por exemplo, combinaram de sair em passeata antes deste horário da sede do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil).
Agentes penitenciários também programaram manifestação diferente. Todos os servidores que não foram escalados para os plantões nos presídios devem se reunir em frente ao Estabelecimento Penal de Segurança Máxima.
Para às 10h, está programada manifestação de agentes e outros servidores da segurança na Assembleia Legislativa.
Reforçam o movimento também os movimentos de trabalhadores sem-terra e acadêmicos.
“A reforma não tem nada de positivo, todos serão prejudicados, não somente eletricitários e professores, etc. A proposta acaba com aposentadoria”, comentou Elvio Marcos Vargas, presidente do Sintracom e um dos organizadores do Comitê em Defesa da Previdência, em coletiva de imprensa na tarde de hoje.
A principal reclamação diz respeito ao aumento do tempo de contribuição. “Essa mobilização é só o começo. Vamos fazer trabalho intenso de divulgação e vamos pressionar a nossa bancada a votar contra”, completou Vargas.
Professores – Os professores de Mato Grosso do Sul aderiram a greve nacional param amanhã sem previsão para voltar às salas de aula. A categoria acredita que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287/16 só vai contribuir para aumentar as desigualdades no Brasil.
De acordo com o presidente da Fetems, Roberto Magno Botareli, na segunda-feira (13), 500 mil cartas foram distribuídas para escolas da rede pública com explicações aos pais sobre a paralisação.