Sargento que matou jovem em briga de trânsito em 2016 é expulso da PM
Carlos Alberto Rocha foi considerado incapaz de permanecer na condição de policial militar da reserva remunerada
O sargento Carlos Alberto Rocha, responsável pela morte de João Victor Gomes Rosa durante uma briga de trânsito, foi expulso do quadro de policiais da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. O militar passou a ser investigado pela corregedoria após assassinar a tiros o rapaz de 21 anos, em agosto de 2016.
O crime aconteceu em Rio Verde de Mato Grosso - a 207 quilômetros de Campo Grande - no dia 28 de agosto de 2016. Em janeiro do ano passado, a corregedoria da Polícia Militar abriu investigação para apurar o caso e ao fim do processo considerou o sargento culpado pelo homicídio e incapaz de “permanecer na condição de policial da reserva remunerada”. O policial já havia sido aposentado pela PM.
“Em razão dos argumentos expostos, que o 1º Sgt. PM Carlos Alberto Rocha, Mat. 38378023, está moralmente incapaz de permanecer na condição de Policial Militar da Reserva Remunerada”, determinou a decisão.
Rocha serviu a Polícia Militar por mais de 22 anos e também foi investigado pela morte do adolescente Luiz Henrique da Silva Santos, de 17 anos, assassinado a tiros em 2013, durante uma perseguição em São Gabriel do Oeste. Pelo crime, ele foi absolvido por agir em legítima defesa.
Os casos - Carlos Alberto Rocha também responde na justiça por matar João Victor Gomes Rosa em Rio Verde de Mato Grosso em agosto de 2016, na frente da esposa e filha da vítima.
Na época, a viúva Patrícia Arruda Luz contou ao Campo Grande News que o marido estava tentando estacionar o carro em frente à praça onde a família estava, mas o policial estava parado dentro de uma Saveiro na rua, impedindo a manobra.
João Victor foi até a janela do veículo e pediu que o condutor tirá-lo do local, mas do banco do motorista, Rocha matou a vítima com um tiro no peito.
Já Luiz Henrique foi morto durante uma abordagem do policial, em maio de 2013. Durante o processo, o sargento afirmou que caminhava pela rua quando foi abordado por duas pessoas, uma delas o adolescente, que levou a mão na cintura fazendo menção de que estava armado. Junto ao corpo, peritos realmente encontraram um revólver.
O adolescente fugiu ao perceber que o homem era policial e foi perseguido. Para escapar da prisão, entrou em uma casa aleatoriamente. O militar o acompanhou e deu ordens para que ele parasse já com a arma sacada. Contudo, conforme a versão do réu, a vítima foi em direção à pistola, momento em que foi atingido.