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Cidades

TJ manda 100% dos administrativos e 60% dos professores encerrarem greve

Antonio Marques e Lidiane Kober | 28/05/2015 17:07
TJ/MS pede a volta de 100% dos funcionários administrativos para as escolas e 60% dos professores às salas de aula (Foto: Marcelo Calazans)
TJ/MS pede a volta de 100% dos funcionários administrativos para as escolas e 60% dos professores às salas de aula (Foto: Marcelo Calazans)

O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) determinou a suspensão imediata da greve dos trabalhadores em educação da rede estadual de ensino. De acordo com liminar do desembargador Sérgio Fernandes Martins, publicada hoje (28), todos funcionários administrativos devem retornar para as escolas imediatamente e 60% dos professores retomar às atividades, sob pena de multa diária de R$ 25 mil em caso de descumprimento.

A decisão do TJ/MS é em favor do pedido do Governo do Estado pela ilegalidade da greve e abusividade do movimento. Conforme o desembargador, a Fetems não teria legitimidade para representar os funcionários administrativos, considerando que o Sinfae-MS (Sindicato dos Funcionários Administrativos na Educação de Mato Grosso do Sul), se apresenta como entidade sindical representativa de todos os servidores administrativos da Secretaria de Educação.

De acordo com o desembargador, em consulta ao site da federação verificou-se o Sinfae-MS não seria filiado e que o registro do sindicato no Ministério de Trabalho e Emprego estaria inativo. O juiz argumentou que “quanto a estes aspectos, ao menos em juízo sumário, entendo que a Fetems não detém legitimidade para representar os servidores integrantes da carreira 'Apoio à Educação Básica' (apoio administrativo)", relatou na decisão.

Na decisão, conforme o desembargador, o Estado questionou que o documento encaminhado pela Fetems à administração pública, comunicando o início do movimento grevista, a federação não teria anexada as atas de votação da assembleia geral, que seriam os elementos necessários para se identificar razoavelmente os pontos salariais negociados, o esgotamento das negociações, o quórum de votação, que, em tese, poderiam justificar a utilização do exercício de direito de greve.

Governo – Para o governador Reinaldo Azambuja, apesar da decisão parcial do TJ/MS, “o mais importante é que vamos tentar resolver no diálogo, temos outras propostas (não as detalhou), além de aumentar o salário, a partir de outubro, em 4,37%”, explicou, acrescentando que Mato Grosso do Sul foi o único estado do país a conceder o reajuste de 13,01%, relativo a Lei do Piso, retroativo a janeiro e de uma vez, sem parcelamento.

Segundo Azambuja, o que o governo não aceita é a história de reajuste zero. “O aumento de 13,01% nos demandou um esforço enorme”, reiterou o governador no início da tarde de hoje, durante solenidade na Governadoria para anúncio de investimentos na área da Saúde.

Azambuja alertou também que o resultado do PIB do primeiro trimestre deve sair nos próximos dias “e os números não são positivos, além disso, os cortes da União vão impactar aqui. Só no primeiro bimestre a receita foi 10% inferior e houve aumento de despesas.” Conforme o governador, o índice de gasto com a folha chegou 58,4% do orçamento, muito próximo do limite de 60%, aceito pela legislação.

Para Azambuja, se fosse fácil equiparar o valor do piso salarial dos professores “o ex-governador (André Puccinelli) tão benevolente teria dado, na sua gestão os 25% de aumento e não deixado um pacote de bondades para o próximo governo pagar”.

Reinaldo reiterou que o governo está aberto ao diálogo com a direção da Fetems, “mas vamos apresentar propostas que podemos cumprir, porque temos responsabilidade com a coisa pública”.

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