O que, de fato, é uma pessoa elegante?
Tenho visto nas redes sociais uma infinidade de influenciadores ensinando desde o que comer e tomar até se vestir para ser uma pessoa elegante. “Mulher elegante não bebe cerveja, prefira o vinho”, “quem usa jeans rasgado não é elegante”, “não é elegante segurar na alça da xícara”... essas são algumas das afirmações que vi mais recentemente. Mas será que seguir essas “regrinhas” torna alguém elegante?
De acordo com a etimologia, que explica a origem e o significado das palavras, “elegante” vem do latim eligere, outra forma de dizer “escolher” no idioma, e mais tarde deu origem a elegans, que indicava uma pessoa muito exigente, que escolhia muito, que não aceitava facilmente o que lhe apresentavam. Depois a palavra passou a indicar “escolhas bem-feitas, bom gosto”. E isso vale para todas as áreas da vida.
Fazer boas escolhas não está apenas direcionado a roupa e noções de etiqueta, sinto dizer. Isso vale para a comunicação, para a vestimenta e principalmente, para o comportamento. Escolher bem como agir, como se comunicar e como se vestir em todas as situações, com adequação ao ambiente e principalmente, respeito e cuidado com o outro.
Claro que é preciso ter conhecimento sobre etiqueta, sobre vestimentas adequadas aos ambientes, sobre comportamento profissional, porque tudo isso vai fazer você escolher melhor como agir, mas muita gente tem confundido o estilo elegante, que é um dos 7 estilos universais criados pela Alyce Parsons, com a palavra elegante. De nada adianta se vestir de acordo com o estilo elegante e não dizer nem bom dia aos colegas quando chega no trabalho, ou saber tudo de etiqueta à mesa e não conseguir tratar as pessoas com educação.
Uma pessoa elegante – além do estilo - trata as outras pessoas com respeito e gentileza, não deixa as outras pessoas constrangidas com comentários inconvenientes, procura ser agradável e educada no convívio diário. Claro que não existe ninguém perfeito e todos nós deslizamos, mas como eu sempre digo, a imagem de ninguém é feita de exceções, de dias ruins, e sim da conduta frequente, da maneira como você escolhe agir e reagir no dia a dia.
(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga no Instagram @vistavoce_.
