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NOVEMBRO, QUARTA  13    CAMPO GRANDE 18º

Boa Imagem

Os candidatos sabem quais mensagens estão transmitindo?

Importante observar se as palavras, a voz e a imagem que o eleitor está vendo estão dizendo a mesma coisa

Larissa Almeida (*) | 06/09/2022 10:58

O último 16 de agosto marcou o início das campanhas eleitorais. Até 1º de outubro, seremos impactados pelos candidatos a cargos eletivos tanto pelo som quanto pela imagem. Observando algumas propagandas e debates, percebi que muitos candidatos não fazem a menor ideia da mensagem que estão transmitindo, principalmente porque sua aparência, voz e linguagem corporal não estão dizendo a mesma coisa que suas palavras. Muitos sequer conhecem técnicas de oratória.

Falando de maneira apartidária, e evitando citar algum candidato de Mato Grosso do Sul, vou dar um exemplo “nacional”, o do ex-juiz Sergio Moro, que concorre a uma vaga para o Senado. No último sábado, ele foi alvo de uma ordem judicial de busca e apreensão de seus materiais de campanha, e gravou um vídeo publicado nas suas redes sociais dizendo que estava indignado. No entanto, sua expressão facial e seu tom de voz praticamente não se alterou ao longo do vídeo. Ele simplesmente leu o texto no teleprompter, mas não colocou emoção, o que enriqueceria seu discurso de indignação. Parece o aluno que lê durante a apresentação do trabalho em sala de aula.

Muito utilizado como fonte de informação sobre comunicação não verbal, o professor de Psicologia da Universidade da Califórnia, Albert Mehrabian, divulgou um famoso estudo no qual considera que a primeira impressão que uma pessoa tem da outra se baseia 55% na postura, gestos e expressão facial, 38% no tom de voz e apenas 7% nas palavras ditas.

Então, é fundamental que as palavras, a voz e a imagem que o eleitor está vendo “digam” a mesma coisa. Se o receptor da informação detectar alguma inconsistência, será o não verbal, prioritariamente, a ser utilizado para se obter uma impressão geral sobre a mensagem.

Como a maioria dos candidatos tem apenas poucos segundos – ou, com sorte, minutos - de contato com o eleitor, ao longo de um mês e meio de campanha, eles precisam se preocupar – e muito - se eles estão transmitindo visualmente, e através da voz, as mensagens que desejam.

(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga-me no Instagram @vistavoce_.

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