A Prefeitura deveria adotar fotos antes e depois da operação tapa-buraco
A Prefeitura deveria adotar fotos antes e depois da operação tapa-buraco
Fotografar os buracos antes e depois seria uma medida para evitar que o contribuinte pague mais asfalto do que o que foi realmente colocado nos consertos. Seria um modelo mais rigoroso. A Prefeitura deveria exigir das contratadas a instalação de câmeras GoPro nas máquinas que passa o asfalto nas ruas. Para comprovar o serviço realizado, a empresa teria de enviar para a Prefeitura a foto de como era o buraco antes do recapeamento e como ele ficou após o reparo. O trabalho das prensas de asfalto também seria monitorado em tempo real por uma central com fiscais.
O modelo que funciona hoje é totalmente falho, ineficiente e obsoleto. Muito propício a qualquer malversação do dinheiro público. São as próprias empresas que dizem qual o volume de asfalto gasto no trabalho diário. Uma mamata. É comum as empresas usarem muito mais asfalto do que deveriam em pequenos buracos. É obvio que todas as fotos e filmagens teriam de ser colocadas na internet para cada cidadão interessado acompanhar os trabalhos.
O cálculo da operação tapa buraco é complicado propositalmente
A operação tapa-buraco é o serviço público mais suspeito na quase totalidade das prefeituras do país. As frequentes denúncias transformaram esse trabalho na maior máquina de lavagem de dinheiro público. O princípio da impunidade vem marcado pela dificuldade de fiscalização. Não é fácil para a população e suas organizações acompanharem a transformação de buraco em dinheiro. Acompanhem a "Memória de Cálculo" (planilha para calcular o pagamento desse serviço) de uma operação de tapa buracos real e percebam as dificuldades:
1. Área total de tapa buracos: 8.280,0 metros quadrados
2. Espessura: 0,04 m
3. Serviços preliminares de apoio - placa de identificação de obra pública - fornecimento e colocação : 6,0 metros quadrados.
4. Administração local - unidade de referência para administração local: 100,0 Ur.
5. Limpeza das áreas de aplicação do tapa buracos: 8.280,0 metros quadrados x 1,0 unidade= 8.280,0.
6. Pintura de ligação, exclusive o fornecimento e transporte de material betuminoso: 8.280,0 x 1,0 Ur= 8.280.
7. Emulsão asfáltica tipo catiônica - emulsão para pintura de ligação - fornecimento incluindo o transporte: 8,28 metros quadrados x 0,0010 toneladas por metro quadrado= 8,28t.
8.Execução de tapa buraco com pré misturado a frio PMF) com emulsão polimerizada, espessura especificada na memória de cálculo, inclusive fornecimento de agregado e material betuminoso, exclusive fornecimento de emulsão, medido na caçamba do caminhão, transporte não incluído: 1.195,71 metros quadrados x 0,004 m x 1,0 unidade= 47,83 metros cúbicos ou 430,56 metros cúbicos de volume solto no caminhão.
9.Emulsão asfáltica tipo catiônica, fornecimento incluindo o transporte: 430,56 metros cúbicos x 0,16 toneladas por metro cúbico= 68,89 t.
10. Transporte de carga de qualquer natureza, exclusive as despesas de carga e descarga, tanto de espera do caminhão como o do servente ou equipamento auxiliar à velocidade média de 20 km/h, em caminhão basculante a óleo diesel, com capacidade útil de 8 t.: 430,56 m3 x 1,70 t/m3 x 5 km = 3.659,76 material betuminoso solto: 165,60 m3 x 1,40t/m3 x 10 km =2.318,40 material proveniente de limpeza 5.978,16 t x km.
11. Carga com pá carregadeira, com 1,50 m3 de capacidade e descarga mecânica, utilizando caminhão basculante a óleo diesel, com capacidade útil de 8t , considerados para o caminhão o tempo de espera, manobra, carga e descarga e para a carregadeira os tempos de espera e operação para carga de 30t por dia de 8h:
430,56m3 x 1,70t/m3 = 731,95 material betuminoso solto
165,60m3 x 1,40t/m3 = 231,84 material proveniente de limpeza 963,79 t
12. Tributos: 9,03%
13. Despesas financeiras: 1,20%
14. Administração Central: 8,03%
15. Seguros e riscos: 2,47%
16. Total: 27,11%
Somente com a "Memória de Cálculo", de cada empresa, colocada na internet teríamos a transparência necessária para obstaculizar o desaparecimento do dinheiro público.
2015 é o ano do boi confinado
Em 2014, os preços da arroba do boi subiram acima dos índices inflacionários, saiu de R$ 114 em 2013 para R$ 147 e remuneraram bem a cria, recria e engorda. Para 2015, a combinação de seca, queda da cotação dos grãos usados na alimentação bovina, os preços altos do boi e a forte procura para exportação deverá levar a um crescimento do confinamento que superará as marcas históricas. Atualmente, algo como 10% do gado nacional é confinado, são mais de 4 milhões de bovinos vivendo nesse sistema. Não existe uma projeção para o confinamento em 2015, mas a expectativa é de um grande crescimento.
A tendência é que os preços se mantenham firmes ao longo deste ano, oscilando, em média, entre R$ 139 e R$ 145 por arroba. Os altos preços pagos pela arroba não necessariamente implicam em lucros para o pecuarista. Isso porque os custos da atividade são altos e a produtividade, no geral, precisa ser melhorada.
A pecuária brasileira é muito heterogênea: existem algumas poucas ilhas de excelência, mas o grande salto na produtividade média ainda não ocorreu nesse setor que está muito atrasado em comparação com a agricultura.
A produtividade pode ser avaliada por vários indicadores. Um dos mais importantes é a idade de abate dos animais, que atualmente se situa em 30 meses. Esse indicador pode ser reduzido para 24 meses, o que propiciaria um giro mais rápido do rebanho e preços finais ao consumidor mais baixos.
A atitude correta é atingir o mercado mundial sem se descuidar do interno.
Mas, os altos preços da carne bovina têm feito muitos consumidores migrar para o consumo de outras proteínas, em especial a carne de frango. Hoje, o consumo "per capita" de bovinos se situa entre 32 e 33 quilos por brasileiro ao ano, mas 15 anos atrás era de 40 quilos. O inverso ocorreu com o consumo de frango, que era de 20 quilos há 15 anos e hoje está entre 43 e 45 quilos por pessoa ao ano. Uma grande perda de espaço e lucro do mercado de gado bovino que fica cada vez mais ancorado ao mercado externo. Falta melhorar a produtividade, falta confinar o gado e transformá-lo em riqueza estável.
Dois "remédios caseiros" para combater a mosca-do-chifre
A mosca-do-chifre é uma praga mundial para a bovinocultura e foi reconhecida inicialmente na França em 1830. A introdução dessa mosca no Brasil ocorreu através de Roraima em 1976. Atualmente está dispersa por todo território nacional e ocasiona perdas de R$1,6 bilhão por ano.
A partir do início do período das chuvas aumentam as infestações das moscas-do-chifre e só menos intensa no período da seca. Ao contrário do que muitos pensam a atividade de "chupar o sangue" (hematófaga) não é o aspecto mais nocivo. As picadas dolorosas e incessantes das moscas deixam os bovinos irritados (o nome científico da mosca é "irritans"), conduzindo-os a um estresse importante. Encontram-se de 5.000 a 10.000 moscas por bovino e infestações dessa magnitude acarretam prejuízos consideráveis no desempenho produtivo e reprodutivo, principalmente no caso dos touros. Não é raro aparecer um bovino morto por essa infestação. Também, devido às picadas, o couro torna-se inflexível e de má qualidade.
O primeiro "remédio caseiro" é uma armadilha inventada há anos em Minas Gerais. É um pequeno túnel por onde o gado é conduzido. Tiras de borracha penduradas no teto escovam os animais durante a sua passagem pelo túnel. Com isso, as moscas são espantadas e buscam instintivamente a luminosidade para tentar escapar. No túnel devem ser montadas "janelas" forradas de plástico que as moscas procurarão para sair e ficarão presas. Após 3 horas sem se alimentar, os insetos morrem. A armadilha tem vida útil de 15, bastando trocar os plásticos e borrachas que se degradam com o passar do tempo. Inicialmente, os animais podem não querer atravessar o túnel. Mas, após a segunda ou terceira tentativa começam a entrar no compartimento por instinto. É importante limpar periodicamente a armadilha para retirar as moscas mortas.
O outro "remédio" é de invenção pantaneira. Seu inventor é o médico-veterinário, ex-diretor da Embrapa Pantanal, Nilson de Barros. A "fórmula" é simples, basta esmagar 10 sementes de sucupira (árvore comum no pantanal) em um litro de álcool. Deve-se guardar essa composição por 24 horas e em seguida, misturá-la em 20 litro de água e passar no couro de cada animal. São "remédios" simples, baratos e eficazes e evitam o uso de pesticidas (caros e perniciosos ao meio ambiente e ineficazes ao longo do tempo).
Os restaurantes do futuro próximo terão robôs, comida defumada e cardápios inteligentes
Nos próximos 5 anos, os restaurantes terão mais funcionários robôs, os cardápios serão cada vez mais saudáveis e interativos e focará em uma culinária mais natural. Estas são algumas das maiores tendências destacadas no relatório da Sirha, considerada a mais importante feira gastronômica do mundo que ocorre em Lyon, na França. Essa feira, que a quase totalidade dos chefs brasileiros desconhecem, lança os mais inovadores produtos para a gastronomia com mais de 3.000 expositores. Paralelamente à feira, o evento sedia o Bocuse d´Or, conhecido como as Olimpíadas do mundo gastronômico.
Os especialistas garantem que teremos:
1. Uma comida nos restaurantes que será mais acessível a todos e feita com produtos locais. E antigas técnicas de culinária como a defumação, cozimento feito com brasa de carvão, fermentação e secagem com sal, sairão do passado com um toque de pós modernidade. Da mesma forma que o conceito de "cabo a rabo" (todas as partes podem ser aproveitadas) será cada vez mais dominante, evitando desperdícios e deslocamentos.
2. Jantares digitais. A tecnologia vestível e a quantificação da saúde devem entrar nos restaurantes na forma de ferramentas nutricionais para os clientes que cada vez mais focarão no bem estar. Estão lançando cardápios interativos, que permitem que os clientes pesquisem os valores nutricionais de cada prato, por meio de QR codes. Também a proliferação de aplicativos para celulares servirão de nutricionistas portáteis.
3. Gastronomia robótica. Visando a redução de gastos com funcionários, os restaurantes contratarão cada vez mais robôs para a realização de tarefas tais como: preparação dos alimentos, higienização da cozinha e retirada do lixo. O Chef Watson, fabricado pela IBM, está sendo testado com sucesso.
Orégano contra a diabete
Pesquisadores paulistas descobriram que substâncias presentes no orégano podem ajudar a controlar a diabetes tipo 2. Até agora, os estudos demonstraram que o composto mantém equilibrados os níveis de glicose no sangue. Também estão com esperança de que novas análises poderão definir se o orégano também é capaz de reverter os sintomas da doença. Mas, já e um avanço e tanto.
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