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Em Pauta

4 mil brancos mortos. A implacável pugna pelo MS

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 02/09/2024 07:00
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A respeito dos indígenas há um relato, velho e muito arraigado, que diz algo assim: Colombo topou  com um continente estranho e regressou à Espanha com histórias de incalculáveis riquezas. Os impérios europeus se lançaram imediatamente sobre este assombroso “Novo Mundo”, ansiosos por se apossar da maior extensão possível. Ao enfrentar-se entre eles, os europeus desencadearam uma expansão colonial que se prolongou em torno de quatro seculos, desde a conquista de “La Espaniola”, em 1.492 até o final dos massacres indígenas, ao redor de 1.890. Entre esses dois momentos, as potencias europeias acumularam almas, escravos e território. E destruíram, talvez, milhares de sociedades indígenas. Fim da historieta. O “coitadismo” está entranhado nesse relato.


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Enorme resistência.

Os indígenas opuseram resistência, mataram centenas de milhares. Por mais combativos e hábeis que foram, não conseguiram fazer frente aos recém-chegados. Foram derrotados pelas alianças, pelos micróbios que penetravam em seus corpos com aterradora facilidade. Também contou, e muito, as muitas tecnologias avançadas que trouxeram. Mas não foi tão simples. Essa historia linear tem mais buracos que queijo suíço.


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Matem os brancos!

De 1.725, quando ocorreu o primeiro grande confronto entre indígenas e brancos no território do Mato Grosso do Sul, até 1.753, quando o ultimo choque foi registrado, morreram aproximadamente 4 mil brancos. Eram ataques contínuos a todos que chegavam de São Paulo ou de Minas Gerais. Ensejavam muito medo, insegurança, falta de suprimentos e muita fome. Nesse período, se existisse um “coitado”, sem duvida alguma era o branco. A questão que se coloca, todavia, é de que havia uma guerra, não havia coitado algum. Quatro mil brancos mortos e outros tantos indígenas, são números que não deixam margem a dúvida alguma. Durante 30 anos, a hegemonia indígena se impôs. A derrota e decadência só viria com uma novidade inimaginável para os indígenas: um forte. Construíram o forte Coimbra e reverteram as derrotas.


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