A árvore de Natal acabou com sacrifícios humanos
Em seus primeiros anos de vida, a igreja católica celebrava a morte de pessoas que eram importantes. Não se interessava pelo nascimento de quem quer que fosse, inclusive o de Jesus Cristo. A data do nascimento do nazareno também é uma incógnita. Há estudiosos que situam essa data em abril, outros em maio, alguns em agosto e ainda há quem afirme que foi em setembro. Todos são unânimes em dizer que, definitivamente, não foi em dezembro. Mas muito mais importante que qualquer outra tradição, foi o surgimento da árvore de Natal.
A partir de agora cessam os sacrifícios de crianças.
A tradição da árvore de Natal data do século I d. C.. É, portanto, mais antiga que a tradição do dia 25 de dezembro, que só surgiu através de um decreto do Papa Júlio I, de meados do século IV. A história conta que São Bonifácio viajou com um grupo de católicos à Baixa Saxônia, hoje um dos Estados da Alemanha que tem como capital a cidade de Hanôver. Sabia que Ali vivia uma comunidade de pagãos que no meio do inverno realizava um sacrifício humano. - usualmente a vítima era uma criança -. Matavam alguém em homenagem a Thor, o deus do trovão. Esse sacrifício era realizado em uma árvore típica da região, o roble, um tipo de carvalho. Era chamado de "O Roble do Trono". São Bonifácio queria destruir essa árvore para cessar com os sacrifícios. Chegou um dia antes do evento, bem a tempo para interrompê-lo.
Sai o roble, entra o abeto.
O evangelizador da Alemanha e da Inglaterra derrubou esse roble e plantou em seu lugar um abeto. O abeto era considerado o símbolo do amor eterno de Deus. Essa árvore foi enfeitada com maçãs, que para os cristãos representam as tentações, segundo o texto bíblico, na época de Adão e Eva. Também colocaram velas nessa árvore. Simbolizavam a luz do mundo e a graça divina. Como é uma espécie perene, o abeto também é um símbolo da vida eterna. Além do mais, sua forma de triângulo representa a Santíssima Trindade.