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Em Pauta

A "graça": Trump perdoou 143 amigos e aliados

Mário Sérgio Lorenzetto | 24/04/2022 08:46
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

O nome técnico do perdão presidencial é "graça". Bolsonaro não está fazendo uma "gracinha" no caso do Daniel Silveira, está fazendo "graça". A questão é o tempo. Dizem,  os juristas, que esse perdão só poderia ser concedido após trânsito em julgado, após o término de todos os recursos possíveis e imagináveis. Mas há uma questão que está no ar: e se o condenado pelo STF escrever e assinar que não deseja recorrer, dar por fim o julgamento?


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Só um? Trump perdoou 143.

De forma similar ao decreto usado por Bolsonaro para perdoar o deputado Daniel, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão, Trump gastou muita tinta de sua caneta, assinou 143 decretos de perdão. Entre os perdoados estavam Steve Bannon, coordenador de sua campanha e que fez desaparecer alguns milhões de dólares que seriam destinados ao muro que separa os EUA do México, e o banqueiro Charles Kushner, pai de seu genro. Só nas últimas doze horas de seu mandato, Trump emitiu 70 perdões.


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Eu me perdoo.

No frigir dos ovos, Trump avaliou que não precisaria, mas chegou a preparar perdões preventivos para si e seus filhos, caso fossem acusados criminalmente. Diferente da brasileira, a legislação norte-americana prevê perdão para qualquer caso, mesmo que não tenha sido investigado, denunciado e julgado formalmente. Mas a ideia subjacente nas duas legislações é a mesma: mostrar misericórdia e sanar aquilo que o presidente entende por injustiça.


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O cerne do problema está no presidencialismo.

"Eu me perdoar" é algo risível, uma ideia amalucada, contra a lógica. Só que não. Esse poder de perdoar irrestritamente é comum nos países que adotam o presidencialismo. A essência do sistema que escolhe presidente é a mesma de um rei: ter todos os poderes nas mãos. Hoje, odeiam o decreto do Bolsonaro livrando o falastrão carioca. Amanhã, enlouquecerão com o Lula transformando o Zé Dirceu vestal dentre as vestais. Crise após crise, vamos nos arrastando na miséria das ideias do presidencialismo.


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Muito barulho para uma candidatura de senador pelo Rio de Janeiro.

Blá, blá, blá... a imprensa e as redes sociais estão abarrotadas desse caso. É muita tinta gasta para debater uma possível candidatura à senador pelo Estado do Rio de Janeiro. Alguém ouviu falar na possibilidade do crescimento do PIB chinês chegar a zero dentro de um mês e meio? Imaginem as deletérias consequências para a economia brasileira se for confirmada essa catástrofe mundial. Não vejo importância alguma em debater candidatura à senador do Mato Grosso do Sul, neste momento. Candidato do Rio de Janeiro? Piada.

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