A invasão paraguaia e os indígenas aliados dos brasileiros
Por Mário Sérgio Lorenzetto | 18/06/2024 07:20
Quando, em dezembro de 1.864, com os paraguaios se trocaram os primeiros tiros da guerra de Solano Lopez, cada aldeia manifestou suas tendências e alianças. Na região hoje compreendida entre Miranda, Aquidauana e Porto Murtinho, não houve quem com o invasor congraçasse. As tropas guaranis eram o inimigo ancestral e irreconciliável. Já nas proximidades da fronteira com o Paraguai, uma vasta região claramente despovoada, não há estudos e nem documentos que mostrem o papel jogado pelos raríssimos moradores de diminutas povoações. Dá-se como fato consumado que os poucos indígenas guaranis que por ali viviam, se aliançaram com as tropas de Assunção.
Portugueses e castelhanos.
Os indígenas da região de Miranda, assim tratam os documentos históricos esse território, não entendiam as diferenças entre paulistas, mineiros ou pessoas de outros Estados, tratavam e chamavam a todos de "portugueses". Já os paraguaios e bolivianos, eram entendidos apenas como "castelhanos". Nessa região de Miranda, os guanás, kinikináus e laianos mostraram solidariedade com as tropas brasileiras. Ofereceram casa, comida e batedores para os soldados brasileiros. Ao passo que na mesma região, os terenas se mostraram inicialmente esquivos, apenas observaram de longe os movimentos das tropas combatentes.
Os indígenas da região de Miranda, assim tratam os documentos históricos esse território, não entendiam as diferenças entre paulistas, mineiros ou pessoas de outros Estados, tratavam e chamavam a todos de "portugueses". Já os paraguaios e bolivianos, eram entendidos apenas como "castelhanos". Nessa região de Miranda, os guanás, kinikináus e laianos mostraram solidariedade com as tropas brasileiras. Ofereceram casa, comida e batedores para os soldados brasileiros. Ao passo que na mesma região, os terenas se mostraram inicialmente esquivos, apenas observaram de longe os movimentos das tropas combatentes.
Cinquenta para um.
Não havia como enfrentar a imensa superioridade numérica dos guaranis comandado por Francisco Resquin. Mas apesar de dispor de uma coluna de cinco mil homens, o paraguaio realizou a ocupação do Mato Grosso do Sul com enorme lentidão. Um dos vários motivos do passo de tartaruga empreendido por Resquin foi o temor do cadivéus. Essa aldeia, ao contrário do que diz a lenda, não apoiaram as tropas brasileiras. Aproveitaram a beligerância para atacar os paraguaios que estivessem nas proximidades de sua aldeia, assim como matar famílias brasileiras, "do primeiro ao último membro", como a de Barbosa Bronzique, perto do Desbarrancado, em Bonito.
Não havia como enfrentar a imensa superioridade numérica dos guaranis comandado por Francisco Resquin. Mas apesar de dispor de uma coluna de cinco mil homens, o paraguaio realizou a ocupação do Mato Grosso do Sul com enorme lentidão. Um dos vários motivos do passo de tartaruga empreendido por Resquin foi o temor do cadivéus. Essa aldeia, ao contrário do que diz a lenda, não apoiaram as tropas brasileiras. Aproveitaram a beligerância para atacar os paraguaios que estivessem nas proximidades de sua aldeia, assim como matar famílias brasileiras, "do primeiro ao último membro", como a de Barbosa Bronzique, perto do Desbarrancado, em Bonito.
Pacalalá, o grande.
Da aldeia de Agaxi, surgiu um grande líder. Pacalalá era seu nome. Foi ele quem organizou a fuga e, depois, a conquista de armas para se defenderem na fuga rumo à região de matas espessas dos morros de Maracaju. Ao entrar com os seus em Miranda, teve negado o pedido de armas. O caos reinava entre os brancos. Só quando todos fugiram, em 8 de janeiro de 1.865, deixando abundância de armas e munição, Pacalalá conseguiu armar não só os membros de Agaxi, mas todos os guanás, laianos, cadiveus, terenas e kinikinaus. Estavam preparados para enfrentar os guaranis.
Da aldeia de Agaxi, surgiu um grande líder. Pacalalá era seu nome. Foi ele quem organizou a fuga e, depois, a conquista de armas para se defenderem na fuga rumo à região de matas espessas dos morros de Maracaju. Ao entrar com os seus em Miranda, teve negado o pedido de armas. O caos reinava entre os brancos. Só quando todos fugiram, em 8 de janeiro de 1.865, deixando abundância de armas e munição, Pacalalá conseguiu armar não só os membros de Agaxi, mas todos os guanás, laianos, cadiveus, terenas e kinikinaus. Estavam preparados para enfrentar os guaranis.