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Em Pauta

A pílula de fezes para tratar uma infecção intestinal grave

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 26/06/2024 08:10
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Há cem anos, surgiam os antibióticos. Era um milagre. Depois de milhares de anos, finalmente, a humanidade tinha uma arma para combater as infecções bacterianas. Todavia, é próprio dos humanos abusarem daquilo que é bom. Tanto abusaram que os a antibióticos começaram a perder eficácia, as bactérias começaram a ganhar muitas batalhas. Especialmente em hospitais.


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A difícil guerra ao "Clostridium difficile".

O nome da bactéria diz de sua força: é difícil vencê-la. Mata 45 mil brasileiros anualmente, e onze milhões no mundo. É um bacilo, uma bactéria comprida, que forma esporos capazes de sobreviver durante anos na água ou no solo de um hospital. Eles ficam esperando o momento propício para encontrar um hóspede onde possa prosperar. Ainda que um antibiótico chamado fidaxomicina aniquile a comunidade dessa bactéria, os esporos podem resistir e provocar uma recaída.


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O antibiótico não antibiótico.

Uma vez que o antibiótico não é uma alternativa que dê ótimos resultados, começaram a inventar medicamentos ultra estranhos. Pegaram fezes de pessoas que têm um excelente bioma de bactérias nos intestinos e colocaram no intestino de outra. A ideia não é matar a "Clostridium difficile", é torná-la insignificante dentre as milhares de outras bactérias presentes em nosso intestino. Os EUA criaram dois tipos de cápsulas de fezes. Um para ser tomada via oral; outra, a ser administrada por colonoscopia. Ambas estão aprovadas e comercializadas, no entanto só valem para recaídas. É o que estão chamando de "antibiótico não antibiótico ".


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Está chegando o Mikrobiomik.

Há poucos dias, a Espanha anunciou uma cápsula de fezes mais avançada, pode ser administrada na primeira infecção. O Mikrobiomik espanhol, depois de passar pela última fase de testes, começa a trilhar os caminhos burocráticos para ir ao comércio. Caso aprovado, será uma das melhores notícias que as empresas farmacêuticas podem dar.

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