A política partidária deve ficar fora do futebol?
Em 1964, um programa de rádio da NBC de N.York construía um novo formato, o público começava a participar diretamente, pelo telefone com perguntas e respostas ao vivo. Essa é a matriz mundial das transmissões esportivas até os dias atuais, apenas substituíram o telefone pelas redes sociais. Os programas esportivos tornaram-se democráticos, abertos, perderam a rigidez e o autoritarismo dos locutores e comentaristas. Mas, se as transmissões futebolísticas abriram-se, as vozes dos jogadores e dirigentes dos times de futebol continuaram mudas. É um eterno tatibitati de lugares comuns e idiotices decoradas. À exceção da democracia corinthiana e de Sócrates contrários à ditadura e do goleiro Leão, em favor da ditadura, nada sabemos da ideologia ou partido político dos jogadores. Eles não querem participar do mundo da política.
Causa perplexidade a postura de um Lucas, ex-São Paulo e do Felipe Melo, volante do Palmeiras, de se posicionarem em favor de Bolsonaro. A resposta veio por um dirigente da maior torcida do Corinthians: Bolsonaro, nunca. Um dirigente de torcida pouco ou nada representa para a política partidária. Lucas e Felipe Melo também não são jogadores glorificados de seus times, que possam influenciar votos.
Também é verdade que o futebol é o "tecido conjuntivo nacional" que nos resta. Só ele une. É o lugar para onde fomos escapar das coisas sérias da vida. Não importa se você é um neuro-cirurgião ou um zelador, a opinião de todos sobre o futebol é igual.
Melhor ainda, o futebol é o único lugar onde todos nós podemos escapar do rancor partidário que aflige nosso país. No entanto, enquanto muitos querem que tudo permaneça como antes no mundo esportivo, que os atletas mantenham suas políticas para si mesmos e a imprensa pare de tratar esses raríssimos pontos de vista como noticiáveis, é indefensável exigir que algum atleta ou dirigente não se posicione. São livres para defender a bandeira que bem entenderem.
A visão do passado ajuda explicar o porque do futebol, cheio de tradições sagradas e hierarquias rígidas, combine bem com perspectivas conservadoras. É próprio do futebol manter e glorificar o passado, ainda que em detrimento do futuro.
Quando algum jogador entra em nossa "balcanização nacional", ele está simplesmente descrevendo um mundo onde nada significa. Não haverá uma guerra de posicionamentos eleitorais dos jogadores. E, ainda que houvesse, não se traduziriam em votos.
Maioria dos iogurtes têm excesso de açúcar.
Um iogurte têm a mesma quantidade de açúcar de um refrigerante açucarado. E sem vem com o rótulo de ecológico, têm ainda mais açúcar. Um imenso estudo com 900 marcas de iogurtes do mundo todo - inclusive dos existentes no Brasil - mostrou que a imensa maioria é extremamente açucarado. Apenas 9% deles são pouco açucarados. Essa porcentagem é ainda menor quando se trata de iogurtes para crianças. A análise foi realizada na Inglaterra e mostrou que os produtos com imagem de saudáveis também seu lado obscuro.
A Organização Mundial de Saúde publicou uma série de recomendações, em 2015, em que propunha um rebaixamento de pelo menos 5% na ingestão de açúcares devido à epidemia de obesidade. O melhor é o grego, que conta com somente 5 gramas de açúcar por pote. Essa é a quantidade máxima recomendada pela OMS. Em seguida vem uma tabela que explicita os não recomendáveis: infantis, contam com 10,8 gramas de açúcar; aqueles iogurtes com frutas têm 11,9 gramas; os aromatizados contêm 12 gramas; e os piores são os orgânicos, com 13,1 gramas de açúcar por pote. O fato é que os iogurtes devem ser - obrigatoriamente - ácidos, devido à produção de ácido láctico pelos microorganismos que estão presentes em sua produção. Como o gosto ácido não é facilmente vendável, as indústrias "entopem" os potes de açúcar, promovendo as vendas desses produtos tidos - falsamente - como saudáveis.
O que ocorre em teu corpo quando arrota o alho?
Entenda, arrotar três ou quatro vezes por hora é algo absolutamente normal. A eructação - palavra elegante que identifica o arroto -, frequentemente acompanhada de seu som característico, ocorre quando gases do estômago são expelidos através da boca. É causada, em geral, pela liberação do ar engolido que precisa ser eliminado. Há alguns alimentos que nos "lembramos" muitas horas depois de ingeri-lo, o alho é o melhor exemplo, voltamos a sentir seu sabor na boca por horas depois de comê-lo. Isto ocorre devido ao refluxo durante a digestão. Ao refluir, o gás transporta componentes voláteis dos alimentos que estão em processo de digestão, que nos lembrar seu sabor ao chegar à boca. Esse refluxo é normal e pode ocorrer pela ingestão de qualquer tipo de comida. Engolir o ar enquanto comemos é um fato fisiológico e expulsá-lo depois, também é normal. Então, por que alguns alimentos são "lembrados" mais que os outros?
Os campeões do arroto são os pimentões, o pepino, o alho-poró, o melão, o tomate e o alho. Este último é o mais estudado de todos. Durante a digestão do alho são liberados gases sulfurados, daí seu odor desagradável. Dessas partículas sulfuradas, a que é liberada em níveis mais próximos à boca é sulfuro metil-alílico. Caso ocorram excessos de arrotos, é provável que a pessoa possa ter gastrite, úlcera ou algum problema esofágico.
Cozinhar as hortaliças, não mascar chicletes, evitar comidas muito gordurosas, evitar refrigerantes, excessos de chá e café - todos aumentam a quantidade de gases no estômago, é a melhor maneira de reduzir os gases responsáveis pelos arrotos. No outro lado do espectro do arroto estão os alimentos que os reduzem: alface, maçã, orégano e o alecrim.
A atenção médica deficiente mata 5 milhões de pessoas ao ano.
Um familiar vai a um hospital porque têm uma dor. O médico não é capaz de fazer um diagnóstico correto ou não dispõe do material para tratá-lo. Como consequência, morre. Teve acesso a um doutor, mas o resultado foi o mesmo que não tivesse. Segundo um estudo de Harvard, publicado na prestigiosa revista científica The Lancet, a atenção médica deficiente mata ao ano cinco milhões de pessoas. E a falta total de atenção médica mata 3,6 milhões de pessoas ao ano. O estudo recolheu dados de 137 países. São, no total, 8,6 milhões de mortes evitáveis. Oito vezes mais que as mortes causadas pela Aids. A atenção básica, em países como o Brasil, não só causa milhares de mortes, também é um desperdício de tempo, de dinheiro e, especialmente, de confiança dos pacientes. Não existem mínimas medidas de qualidade. A saúde universal, preconizada pelos governantes, é um mito sem sentido. Tal como na educação e na segurança, nos preocupamos com a quantidade e nunca com a qualidade. A metade dessas mortes ocorreram por causa da tuberculose, Aids, acidentes de tráfego e problemas cardio-vasculares. O estudo de Harvard alerta: "A formação dos profissionais em muitos países segue um modelo atrasado. Sabem fazer bons exames, mas não sabem tratar os pacientes".