A primeira máquina de som surgiu 20 anos antes de Edison
Até 1.850, ninguém se preocupou em imaginar como captar o som. O som era etéreo, não tangível. O sonho de gravar a voz humana só viria com gráfico parisiense chamado Édouard-Léon Scott de Martinville. O francês só pensou em gravar a voz humana quando topou com um livro de anatomia. Ao observar as detalhadas ilustrações do ouvido interno humano, um novo conceito começou a tomar forma no pensamento de Scott: uma máquina poderia gravar as ondas sonoras.
Duas décadas antes de Thomas Edison.
Em março de 1.857, vinte anos antes de Thomas Edison inventar o fonógrafo, o instituto de patentes da França concedeu a Scott a patente para uma máquina que gravava o som. A geringonça, muito parecida com a de Edison, canalizava ondas sonoras através de um dispositivo semelhante a uma cornucópia. Depois de captar o som nessa cornucópia, ele ia para uma membrana de pergaminho escurecida com fuligem de carvão e gravado por uma cerda de porco. Tínhamos o primeiro gravador da história.
O inventor míope.
Nunca nos anais da invenção aconteceu um caso tão grave de miopia empresarial. Scott realizou a proeza de gravar o som, mas nada ganhou com sua revolução. Pode parecer cômico, mas o aparelho de Scott tinha uma limitação: gravava sons mas não os reproduzia. O francês simplesmente "esqueceu" de incluir a reprodução dos sons gravados. Algo como inventar o automóvel mas esquecer de colocar as rodas. A parte dificílima foi concretizada, deixou de fazer a fácil. Scott chamou sua máquina de "fonoautógrafo". Para que serve um gravador que não reproduz gravações? Edison ganhou um gigantesco presente e ficou bilionário. E passou para a história. Scott foi esquecido.