A vida em um cortiço de italianos em C.Grande
As novas gerações de italianos, e de libaneses, imaginam que seus ancestrais vieram para C.Grande com alguma riqueza. Não imaginam as dificuldades que enfrentaram. Viviam em cortiços, em difíceis condições. Ainda que a palavra “cortiço” seja amplamente conhecida, poucos sabem o que era viver em um ambiente como esse.
A vida em um cortiço.
Da entrada da casa partia um corredor para o qual davam alguns quartos. Em cada quarto morava uma família. Muitas vezes, esse quarto era dividido por uma cortina que separava os homens das mulheres dessa família. O corredor levava a um quarto maior, em que cada família tinha seu fogareiro. Nele também, ficava um lavatório de uso comum, usado tanto para a limpeza pessoal como para limpar alimentos. As mulheres cozinhavam nesse lugar, mas as refeições eram tomadas nos quartos. As condições higiênicas eram péssimas. Tomar um banho era uma competição olímpica, todos tinham de se virar para tomá-los nos quartos. Os meninos usavam o quintal onde havia um tanque para lavar as roupas. Também tinha um forno. As mulheres combinavam o dia de acendê-lo para assar pães.
A chegada do italiano.
Vinham com a roupa do corpo, pois não possuíam outra bagagem. Alguns dormiam no chão, sobre jornais, outros investiam o pouco dinheiro que tinham em uma cama. As vezes, alguns dormiam no quintal, protegendo-se da chuva e do frio como podiam. Mas há uma curiosidade que não foi explicada pela historia. As famílias italianas de C.Grande tinham o costume de casar seus filhos com descendentes de libaneses.
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