Alugam pais, filhos e até sogras falsas
A japonesa é uma cultura muito prática e resolve problemas sem rodeios. Não há um só executivo que dê a cara para assumir um erro na empresa? Alugam um falso diretor que pede perdão de joelhos. Teus pais não estão de acordo com teu casamento? Alugam progenitores felizes e emocionados. Têm de lançar um produto e fazer muito barulho? Alugam entusiastas compradores que fazem fila na porta da loja. E assim, quase tudo é possível alugar no Japão.
Alugue uma sogra por R$400.
Os casamentos são a maior fonte de receita desse tipo de aluguel. É bem fácil encontrar pais postiços que chegam vestidos para a ocasião. Posam para as fotos e, seguindo um roteiro acertado, compartilham com os convidados divertidas anedotas e histórias familiares. Em algumas ocasiões, nem mesmo um dos nubentes conhece a verdade. Dias, meses ou anos mais tarde, agradecerá a seu conjugue que tenha organizado a farsa para salvar as aparências. A falsa sogra sai a R$400.
A próspera indústria de aluguel de atores.
Esse costume de aluguel de interesse começou nos anos 90. Criou uma próspera indústria de aluguel de atores, quase sempre amadores, para representar papéis da vida diária. Com o envelhecimento da população, o catálogo de atores se ampliou para ofertar jovens mães com filhos postiços para que os mais velhos tivessem a experiência de sentir-se avós. Por R$600 é possível alugar uma criança para fingir que é seu filho. Outra novidade, é agregar seguidores falsos na internet para aparentar popularidade. Custa mais barato, por R$200 posam para as fotos que serão postadas nas redes sociais.
Alugam homens, entre 30 e 70 anos, para ouvir e dar apoio moral.
É proibido tocar. Há o aluguel de homens, entre 30 e 70 anos, que agem como um tio ou um irmão mais velho, escutam e dão apoio moral. As moças desafogam as tensas relações laborais, comuns no Japão. Também escutam mulheres que reclamam de seus namorados ou maridos. Há ainda, outro tipo de aluguel nesse caminho: buscam um homem maduro para treinar o que dirão para namorados ou maridos. Em alguns modernos bares, muitos clientes pagam a uma efêmera amiga ou amigo por uma conversa terapêutica.
O marido de 100 mulheres.
Yuichi Ishii, assegura ter fingido ser o marido de 100 mulheres no ano passado. Sua tarifa por duas horas de trabalho é de R$ 600. Há, pelo menos, 34 pessoas, de 3 a 25 anos, que creem que o carinhoso homem que os visita periodicamente, por petição de suas mães, é seu pai biológico. Usando esse conhecimento, Ishii fundou a empresa Family Romance, tida como a maior do gênero no Japão. Não a toa, Ishii foi escolhido pelo famoso cineasta alemão Werrner Herzog para protagonizar seu mais recente filme que têm como título o nome da empresa de Ishii: Family Romance, acaba de estrear em Cannes.