As gigantes estão quebradas. A recuperação será lenta
Há um odor de crescimento da economia no país. Dados governamentais mostram que já ocorreram melhorias. Mas há um fator determinante que trava nossas possibilidades: muitas empresas gigantescas estão quebradas. Tivemos uma bolha nas grandes empresas que explodiu (algumas foram explodidas).
Ao mesmo tempo em que a bolha das empresas ligadas a obras explodia, grandes companhias sem conexão com governos também foram tragadas pela crise que desarrumou toda a economia. Em proporções jamais vistas estão a Petrobras e Eletrobrás, acompanhadas de suas fornecedoras Sete Brasil, Odebrecht, Camargo Corrêa, OAS, Andrade Gutierrez e outras 23 construtoras. Há ainda a Oi, a campeã nacional que pediu a maior recuperação judicial já registrada, com dívidas de R$ 65 bilhões. Também aparecem no portfólio das empresas em séries dificuldades a Usiminas e Gol, ambas enfrentam crise sem precedentes. Todas estão reestruturando profundamente suas operações.
Precisaram receber aportes de seus controladores para evitar o naufrágio e negociam dívidas bilionárias. E esses são só alguns exemplos. Não há uma estimativa quantitativa para os efeitos causados pela quebra das gigantes. Há porém a convicção de que o processo de recuperação da economia será mais lento por causa delas.
São elas que puxam os investimentos e a geração de empregos. A quebra delas produz um forte efeito em cadeia. Quando uma gigante diminui sua produção, afeta os fornecedores de médio porte que, por sua vez, afeta as pequenas. É como se fosse um gigantesco engarrafamento em que todos freiam subitamente - e muitos trombam.
O enterro do intervencionismo exagerado do governo
Ainda se fala em direitos de Dilma. Grupelhos quebram carros e vitrines em nome da ex-presidente. Petista ocupam os microfones que aparecerem para lamuriar. Ainda que ocupem espaços razoáveis na imprensa, são questões irrelevantes. Não vicejarão.
O que importa é o enterro do intervencionismo exagerado do governo. A expectativa é de que se encerre o uso de empresas públicas, como Petrobras e Eletrobrás, para segurar inflação artificialmente ou bancos públicos para estimular a economia além da conta. O "compre que o governo garante" faleceu.
Mas, não podemos esquecer, o desenvolvimento ocorre em ciclos. Teremos um momento de privatizações e enxugamento das contas públicas. Logo a seguir, passada a face hedionda da crise, haverá novas demandas por ajuda do governo. E homens públicos dispostos a atendê-las. A boa nova é que teremos mais e novas travas. A nova lei das estatais coloca mais dificuldades para nomear políticos. Não dará para compor um conselho da Petrobras como foi na época da Dilma com uma intervenção enorme do governo. Se tudo der certo, as agências reguladoras também serão reforçadas e um ciclo virtuoso poderá rodar.
O carro é o cigarro do futuro?
Há vinte anos, quem imaginaria que seria proibido fumar em recintos fechados? No entanto, aconteceu. O ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, hoje, mais reconhecido por suas propostas urbanísticas, defende essa ideia. As cidades não se viabilizam mais com o uso do carro no dia a dia. Andar de carro passou a ser uma tortura para muita gente. Ele diz que não é contra o automóvel. Ele continuará a gerar empregos, mas será usado em viagens, para lazer... mas a maneira de usá-lo será modificada. Ele será autônomo, sem motorista, e será compartilhado por muitas pessoas. Bastará ser chamado por um aplicativo para ir, sozinho, sem motorista, buscá-lo.
Chave bafômetro. Bêbado não acionará carro
A era do carro inteligente chegou. Inventaram a chave bafômetro, à prova de motorista alcoolizado. Recebeu o nome de "safe key" (chave segura). A chave permite o bêbado abrir a maçaneta do carro, mas antes do carro ser acionado, o motorista terá de soprar na chave. Um sensor interno perceberá a presença de álcool no bafo do motorista. Se detectar a presença de qualquer percentual etílico, não adianta girar a chave pois o motor não dará partida.
A safe key é, efetivamente, inteligente. Ela poderá ser programada para chamar um taxi ou um parente do motorista embriagado. É provável que ainda em 2016 os carros deem a largada em sua utilização. A Fiat é a fábrica que está na pole-position.