As sessões do TSE para a cassação de Temer
Hoje, às 09:00 horas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciará o julgamento da cassação da chapa Dilma-Temer. O TSE fará pelo menos quatro sessões plenárias exclusivas para o exame do processo. À sessão extraordinária das nove horas, seguirá com uma ordinária, marcada para às 19 horas.
O julgamento prosseguirá na quarta-feira, dia 05/04, às19 horas com outra sessão extraordinária. E, na quinta-feira, dia 06/04, às 09:00 horas. O rito dessa ação seguirá no plenário do TSE, a mesma metodologia adotada nos processos julgados em qualquer ação.
O Ministério Público Federal não acatou o pedido da defesa de Temer de desvinculá-lo de Dilma. Se os ministros acatarem o entendimento do MPF, Temer será destituído e os deputados federais e senadores escolherão um novo presidente.
Nesse caso, Temer ingressará com recursos na Corte Eleitoral e no STF. A quase totalidade dos juristas entende que Temer permanecerá no poder até o fim de seu mandato. Com ou sem recursos. Ninguém deseja Temer, mas a economia e a política precisa de Temer. Imaginem o país governado por Rodrigo Maia, o sucessor imediato de Temer.
Luciano Huck e ministro Herman Benjamin, os novos atores da política.
Quem se anima a ir para as ruas? Chamar quem para governar? Pesquisa divulgada há poucos dias mostrou que os políticos de nomeada, os tais presidenciáveis, registram taxas de rejeição beirando ou acima de 60%. Lula, Doria e Bolsonaro, os únicos que crescem, tem taxas de rejeição que os eliminam da corrida eleitoral. Só nela permanecem aguardando alguma reviravolta do cenário político.
Não é a toa que Luciano Huck, instruído pelo "treinador" Fernando Henrique Cardoso, anunciou sua disposição de servir à causa pública. Huck tem fortes ligações com o alto tucanato há dezenas de anos. Este é um país onde impera o surrealismo.
Passadas as eleições presidenciais, o PSDB ingressou com uma ação para cassar a chapa Dilma-Temer. Visava apenas choramingar pela derrota de Aécio e fazer algum barulho. Um pequeno barulho. Em fevereiro de 2015, a ação foi arquivada por falta de provas e evidências. Em agosto daquele ano, o ministro carimbado pelos petistas como tucano de alma -Gilmar Mendes - ressuscitou a ação. Tudo indicava que seria esquecida. Mas não conversaram com os russos, como dizia Mané Garrincha.
A ação caiu no colo do ministro Herman Benjamin em outubro de 2015. Contra todo e qualquer prognóstico, o ministro tomou a sério a tarefa de cassar Dilma-Temer. Ampliou o escopo das investigações. Dispensando intermediários e odiando holofotes, foi direto à fonte e colheu provas do abuso de gastos da chapa Dilma-Temer bem como da existência de caixa dois.
Do nada, Herman Benjamin assumiu o papel central e abreviou o final da peça. No mundo político a terra tremeu. Se cassar Dilma-Temer, é provável que também casse Aécio. Benjamin sem alarde, sem grupo de Facebook, robou a cena.
O Rubicão de Temer é a reforma da Previdência.
Temer vem tratando de temas tabus. A terceirização era um deles. Seu governo, com marca nitidamente congressual, venceu por 231 a 188, na votação da terceirização. Maioria simples, apenas 43 votos de diferença. A reforma da previdência exigirá o quórum qualificado dos votos de 308 deputados. Difícil, mas não impossível.
A recuperação econômica, na prática, é a única chance que resta ao condomínio de partidos que sustentam Temer no poder. A reforma da previdência é o Rubicão de Temer. Atravessá-lo pode significar a sorte de seu mandato. Mesmo que seja uma reforma abrandada e não a guilhotina de aposentados como a que foi apresentada. O estabelecimento da idade mínima já será um marco. Ela foi tentada por outros governos que desejavam a reeleição. Temer nem mesmo sonha com reeleição.
Ninguém deve se iludir que Temer fará tudo ao alcance para aprová-la. Emendas e cargos são o combustível que movem a base aliada. Os deputados que apoiam o governo ganharão pouquíssimos votos se opondo à reforma previdenciária. Esses são votos da oposição. Cativos.
O que auxiliará na reeleição deles será a conexão com o governo e a percepção de seus eleitores de que fizeram o necessário para tirar o país da crise em que o PT colocou a todos. Bem estudada e com números reais, sem manobras e mentiras, sem covardia e sem exageros, como o dos 49 anos, terá a chance de atravessar esse rio de desconfiança.
Truques usados pelos supermercados para consumirmos mais.
Campanhas só na entrada.
Quando há categorias de produtos destacadas, como ocorre na Páscoa e no Natal, ou quando há as chamadas "feiras" (material escolar, produtos regionais...) é logo na entrada do supermercado que os produtos são expostos. Quando entra, ainda de carrinho vazio, o consumidor está mais receptivo a levar produtos que não fazem parte de sua lista de compras.