Aumento de 50% no congelamento de óvulos
Apenas amanheceu em Campo Grande. Maria - nome fictício - chega nervosa e quase sem dormir. Logo a seguir, realizará uma intervenção cirúrgica de tão somente 15 minutos. Será apenas sedada, não receberá anestesia. Para ela é um "seguro de vida". Após 15 dias de tratamento, chegou o momento da extração dos óvulos. Eles serão examinados para ver a qualidade e a quantidade mínima de oito óvulos. Depois, serão congelados a uma temperatura de -196 graus Celsius. No futuro, poderá recorrer a eles para uma fecundação in vitro se a idade a impedir de ser mãe de maneira natural.
Como são os procedimentos.
Após a entrevista com o médico, a primeira fase é feita com a administração de medicamentos. E são eles os responsáveis por aumentar ou reduzir o custo total do congelamento. No dia da retirada dos óvulos, Maria se despe e vai para a zona esterilizada. Um anestesista lhe administra a sedação. Maria acordará em curto espaço de tempo sem nada sentir. É um procedimento rápido e indolor.
Aumento de 50%.
Talvez devido à pandemia, vem ocorrendo um aumento médio de 50% nesse tipo de procedimento médico. Além do medo da covid, há motivos relacionados à estabilidade ou crescimento laboral. Também há motivos de saúde. Um dos mais frequentes é quando a mulher necessitará passar por quimioterapia ou radioterapia que fazem decrescer o número de óvulos.
Só dói no bolso.
Em nenhum momento do procedimento há dor. Mas o bolso chora de tristeza. Não é barato. De acordo com o tempo e os medicamentos que serão usados na primeira fase, o custo total gira em torno de R$ 15 mil.