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Em Pauta

Campo Grande citada num best seller sobre o submundo do tráfico de drogas

Mário Sérgio Lorenzetto | 24/02/2015 08:21
Campo Grande citada num best seller sobre o submundo do tráfico de drogas

"Dinheiro fácil", o primeiro best seller mundial a falar de Campo Grande. Ligada ao tráfico de cocaína

Jens Lapidus é o autor sueco sucessor de Stieg Larsson (autor da famosa trilogia Millenium: Os homens que não amavam as mulheres). Seu livro - "Dinheiro fácil" também é um best seller mundial, vendeu mais de 250 mil exemplares em seu país de origem, foi traduzido para mais de trinta países e foi adaptado para o cinema. O livro é um thiller muito bem escrito e amarrado narrando o submundo de Estocolmo (capital da Suécia) onde o poder não está sob o controle da polícia ou do governo. O livro descreve, em minúcias, o submundo do crime; é uma verdadeira aula que mostra que o crime organizado precisa ser tratado como um "negócio" da mais alta importância. A diferença dos demais outros negócios está na criminalidade e violência. Descreve especialmente a articulação do tráfico de cocaína, prostituição, extorsão e contrabando de cigarros e bebidas. Vale repetir - é um livro bem escrito, que prende e seduz o leitor e, com certeza, seu autor fez uma imensa pesquisa antes de ir ao computador. Conhece bem a questão que narra.

É bem provável que Campo Grande nunca tenha aparecido em um livro dessa dimensão. Aliás, reconheçamos, provavelmente nunca apareceu nem mesmo em um livro brasileiro de grande importância. Jens Lapidus nos coloca, pela primeira vez, nos holofotes do mundo. Aparecemos com uma triste figura. Lapidus nos ligou ao tráfico de cocaína.

Na página 278 ele inicia uma longa descrição de uma personagem denominada Silvia Pasqual Pizzaro. O autor descreve: "Nascida em Campo Grande, perto do Paraguai, onde a taxa de desemprego flertava com o céu." E continua a explicar quem é Silvia e como ela fará para levar cocaína para a Suécia. Para os campo-grandenses é uma mácula que não poderá ser apagada.

Campo Grande citada num best seller sobre o submundo do tráfico de drogas
Campo Grande citada num best seller sobre o submundo do tráfico de drogas

Sem pressa. Sem medo. Nós conquistamos o mundo

Há um lugar no extremo oeste da China, no deserto, onde hoje, surpreendentemente, encontramos os chineses pensando grande, "pensando em oceanos". Esse lugar fica na famosa Rota da Seda. Hoje em dia, a antiquíssima Rota da Seda é uma moderna rodovia de quatro pistas. O deserto de Gobi, que separa e une a China e a Mongólia, chega até a beira dessa estrada, literalmente, e nesses pontos, com as cordilheiras dentadas ao sul e o deserto vazio adiante (na primavera esse deserto se enche de pequenas flores cor de rosa em um espetáculo deslumbrante), a Rota da Seda pode parecer, de repente, tão longe do mundo quanto no passado, quando era percorrida por cameleiros árabes e mercadores mediterrâneos a caminho de Medina, de Antióquia e do mundo em geral.

Nessa região existe uma cidade tão moderna e nova em folha quanto qualquer exemplo de abastado subúrbio alemão ou norte americano. No ermo do sul do deserto de Gobi surgem, de repente, dezenas de edifícios novos, cada um deles representando a contribuição experimental de um arquiteto jovem e imaginativo. Avenidas largas, viadutos enormes, sobre vastas extensões de savana, guindastes ajudando a construir mais edifícios de apartamentos.

Jiuquan é um centro espacial - um dos três centros espaciais chineses para lançamento de satélites. O lugar começou a ser ocupado em 1958. Hoje em dia, a plataforma de lançamento de Jiuquan põe em órbita satélites comerciais com um índice de sucesso de 100%. Durante o primeiro meio século de existência de Jiuquan, o acesso era vedado a todos, exceto os profissionais que ali trabalhavam e as autoridades; agora a cidade e o centro espacial acham-se abertos a turistas. No pórtico da cidade há um gigantesco cartaz escrito com enormes caracteres vermelhos, e em letras colossais, em chinês e em inglês. O cartaz, de maneira simples e direta, afirma: Sem pressa. Sem medo. Nós conquistamos o mundo. Depois de dois séculos de paciente espera, observação e aprendizado, chegou a hora do encontro marcado da China. Pena que seja tão distante.

Campo Grande citada num best seller sobre o submundo do tráfico de drogas
Campo Grande citada num best seller sobre o submundo do tráfico de drogas

Só acaba quando termina.
O acordo internacional sobre o clima está longe de ocorrer.

Seca como nunca houve. Calor batendo recordes sucessivos. Os governantes da maioria dos países estão mais interessados em proteger suas economias e não nos problemas climáticos do planeta. Acaba de ocorrer a Conferência do Clima da ONU (COPs), em Lima, no Peru, onde 195 países debateram os caminhos que levarão a Paris no meio do ano quando esperam fechar um novo acordo internacional.

Há uma preocupação crescente com o aquecimento global provocado pela emissão de gases produzidos por atividades como a queima de combustíveis fósseis, a produção industrial, a agricultura, a pecuária ou o desmatamento.
No passado recente houve o reconhecimento de que diferentes países contribuíram de forma desigual para a elevação da temperatura do planeta. Os desenvolvidos, industrializados desde o século XIX, tinham mais responsabilidade histórica do que aqueles que ainda estavam se desenvolvendo. Essa ideia não prosperou e agora os países ricos não querem mais pagar a conta sozinhos. Alegam que já não faz sentido excluir países que fizeram avanços no combate à pobreza e que hoje, com economias robustas, estão entre os principais emissores de gases estufa. E que esses países, entre eles o Brasil, já são responsáveis por mais da metade das emissões globais dos gases-estufa.

Europeus e norte americanos chegaram a Lima declarando que reduziriam suas emissões, respectivamente, em 40% e 28% até 2025. Já o presidente chinês Xi Jinping, estabeleceu 2030 como ano limite para o crescimento das emissões em seu país. O anúncio conjunto animou os ambientalistas.
Na diplomacia do clima, o Brasil negocia em bloco com a China, Índia e África do Sul, com quem forma o grupo conhecido pelos ambientalistas como Basic. O Brasil anunciou os dados recentemente coletados de uma queda de 82% do desmatamento amazônico. Afirmou que " o Brasil deixou de emitir 650 milhões de toneladas anuais de dióxido de carbono", o índice que perfaz os 82% em dez anos. No entanto, o Brasil sonegou a informação de que em 2013 as suas emissões cresceram quase 8%, beirando 1,6 bilhão de toneladas de gás carbônico.

Realmente o problema climático no mundo só acabará quando terminar. Terminar com maior frequência de secas, tempestades, furacões, inundações e outros eventos catastróficos, recrudescimento da fome, alastramento de doenças e ocorrência de conflitos. Enquanto isso...os debates continuarão.

Campo Grande citada num best seller sobre o submundo do tráfico de drogas
Campo Grande citada num best seller sobre o submundo do tráfico de drogas

Dilma está desprestigiada, mas representa as aspirações de uma parte importante dos brasileiros

Hoje, Dilma teria menos votos do que em outubro, mas isso não quer dizer muita coisa. Se Aécio tivesse sido eleito, ele também teria perdido votos. Medidas duras, como as que ele prometeu, e Dilma está levando à prática, custam caro em termos de popularidade. Mas, sempre vale relembrar, a aposta de quase todos os governantes é arrochar no começo, para colher os benefícios perto das eleições. Para que essa cartilha do governante maquiavélico se efetive é preciso muito conhecimento, firmeza e disposição para o diálogo. A Dilma sobra os dois primeiros enunciados, conhecimento e firmeza. Mas dialogar não é de seu feitio.

Campo Grande citada num best seller sobre o submundo do tráfico de drogas
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