China: tolerância zero da covid e crise econômica mundial
Mário Sérgio Lorenzetto | 27/04/2022 07:20
Enquanto o Brasil debate pautas "fundamentais" como carnaval, futebol e a milésima crise forjada entre Bolsonaro e o STF, o mundo procura por saídas para a eventual crise econômica que poderá surgir, em poucos dias, devido à possível recessão chinesa. A política de tolerância zero frente à covid, com o confinamento total de 370 milhões de chineses, em 45 cidades, vem preocupando o mundo.
40% do PIB da China está confinado.
Essas 45 cidades, Shanghai é a mais conhecida, somam 40% do PIB chinês. O PIB do segundo trimestre está seriamente comprometido. Há muitos analistas que projetam PIB zero para esses três meses, além de ser uma recessão autoinfligida é uma bomba atômica na economia mundial. Muitas vezes maior que a jogada na guerra entre Rússia e Ucrânia.
Essas 45 cidades, Shanghai é a mais conhecida, somam 40% do PIB chinês. O PIB do segundo trimestre está seriamente comprometido. Há muitos analistas que projetam PIB zero para esses três meses, além de ser uma recessão autoinfligida é uma bomba atômica na economia mundial. Muitas vezes maior que a jogada na guerra entre Rússia e Ucrânia.
Shanghai tem o maior porto mundial de contêiners.
Ainda não percebemos, não sentimos, mas boa parte da produção mundial de tudo - a China, queiram ou não, é a fábrica do mundo - está parada nas proximidades do porto de Shanghai. Não se trata de um porto qualquer, esse é o maior porto mundial de contêiners. Além de receber soja, milho, carne, minérios, envia um terço dos bens intermediários - os necessários para produzir outros bens - que o resto do mundo consome. Um dos melhores exemplos são as peças eletrônicas dos automóveis. Vender ou comprar da China talvez venha a ser um problema crucial dentro de poucos dias.
Ainda não percebemos, não sentimos, mas boa parte da produção mundial de tudo - a China, queiram ou não, é a fábrica do mundo - está parada nas proximidades do porto de Shanghai. Não se trata de um porto qualquer, esse é o maior porto mundial de contêiners. Além de receber soja, milho, carne, minérios, envia um terço dos bens intermediários - os necessários para produzir outros bens - que o resto do mundo consome. Um dos melhores exemplos são as peças eletrônicas dos automóveis. Vender ou comprar da China talvez venha a ser um problema crucial dentro de poucos dias.