Cidades esponjas para acabar com as inundações
Mário Sérgio Lorenzetto | 23/02/2022 07:00
A história se repete ano após ano. Mortes e destruição devido a inundações são obrigatórias no verão brasileiro. Cidades de Minas Gerais, da Bahia e Petrópolis são as atingidas em 2022. No próximo ano, outras cidades serão destruídas pela força das tempestades. A única novidade, fruto da bagunça climática, é o aumento no número de cidades atingidas e o tamanho da catástrofe. Enquanto isso, os governantes dormem serenamente em suas torres de marfim e buscam dinheiro em Brasília para minimizar o tamanho do estrago. Campo Grande já sofreu com a força das águas e tudo indica, continuará padecendo. Especialmente na Casa da Mãe Joana chamada Avenida Ernesto Geisel, de mais de uma centena de milhão de gastos jogados nas placas que caem sem parar.
Cidades esponjas.
China, Canadá, Rússia, União Europeia e Cidade do México, vem equacionando o problema das inundações de suas cidades com um projeto denominado "Cidades Esponjas". Na União Europeia, o nome adotado é "Infraestruturas Verdes". A China conta com 200 cidades onde esse projeto já foi executado. O Canadá e a União Europeia estão em fase de execução em todas as cidades com mais de 200 mil habitantes. A "capital" das cidades esponjas é Liubliana, na Eslovénia.
China, Canadá, Rússia, União Europeia e Cidade do México, vem equacionando o problema das inundações de suas cidades com um projeto denominado "Cidades Esponjas". Na União Europeia, o nome adotado é "Infraestruturas Verdes". A China conta com 200 cidades onde esse projeto já foi executado. O Canadá e a União Europeia estão em fase de execução em todas as cidades com mais de 200 mil habitantes. A "capital" das cidades esponjas é Liubliana, na Eslovénia.
Resolver o problema das inundações e das secas em um só projeto.
A proposta é recuperar 70% da água das chuvas. A ideia pode ser aplicada em qualquer cidade do mundo. A chave está em adaptar-se à orografia do lugar e não lutar contra ela. Podem abrir valas nas sarjetas, jardins nos tetos dos edifícios que tenham mais de 400 metros quadrados, tanques nos pátios e nas imediações do córrego ou rio, abertura de novas praças e jardins, plantar a maior quantidade possível de árvores e arbustos, impedir a construção de residências e prédios na zona onda as águas deságuam, incentivar com reduções de impostos a construção ou reforma de edifícios verdes. São todas ideias baratas. Certamente não custariam nem 10% dos milhões que foram afogados na Av. Ernesto Geisel. A verdade é que há mais interesse em levantar placas caríssimas, que resolver o problema. Uma mina de ouro não pode ter sua produção interrompida.
A proposta é recuperar 70% da água das chuvas. A ideia pode ser aplicada em qualquer cidade do mundo. A chave está em adaptar-se à orografia do lugar e não lutar contra ela. Podem abrir valas nas sarjetas, jardins nos tetos dos edifícios que tenham mais de 400 metros quadrados, tanques nos pátios e nas imediações do córrego ou rio, abertura de novas praças e jardins, plantar a maior quantidade possível de árvores e arbustos, impedir a construção de residências e prédios na zona onda as águas deságuam, incentivar com reduções de impostos a construção ou reforma de edifícios verdes. São todas ideias baratas. Certamente não custariam nem 10% dos milhões que foram afogados na Av. Ernesto Geisel. A verdade é que há mais interesse em levantar placas caríssimas, que resolver o problema. Uma mina de ouro não pode ter sua produção interrompida.