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Em Pauta

Como um xamã com chocalho, o médico entubando sem anestesia

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/04/2021 07:00
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Terror. O Brasil virou o território onde pululam os Freddy Krueger, do filme "A Hora do Pesadelo" ou dos Jason Voorghess, do "Sexta-feira 13". Os pacientes de covid-19 estão sendo intubados sem anestesia, um método doloroso e aterrorizante, que enfia um tubo grosso pela boca, até a traqueia e o mantém imóvel. Se todas os argumentos para se cuidar e não acreditar nas cloroquinas mágicas não serviram até o momento para convencer milhões de brasileiros, pensar nesse procedimento médico de filme de horror, deveria ser definitivo para a mudança de postura. Falta anestesia e relaxante muscular e ainda que minorem com a chegada 2,3 milhões de medicamentos analgésicos da China, levará um bom tempo para que reponham os estoques. Os médicos brasileiros se tornaram, definitivamente, tão desamparados quanto xamãs sacudindo chocalhos. Um governante injusto é como um fazendeiro que planta urtiga esperando colher trigo.


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Sem dor desde 1946.

"Cavalheiros, isto não é uma farsa", disse o cirurgião John Collins Warren para um lotado anfiteatro no Hospital Geral de Massachusetts em outubro de 1946. O médico iniciaria a extirpação de um tumor no pescoço de um paciente. A novidade era que essa cirurgia ocorreria sem dor. Era impensável que aquele paciente não se retorcesse de dor. Mas o dentista William T. G. Morton daria início à novos tempos naquela cirurgia. Fez o paciente inalar vapor de éter antes que o bisturi cortasse sua carne. O paciente ficou imóvel e insensível ao corte do bisturi. Morton deu o nome de Letheon ("esquecimento" em grego) ao preparado de éter. Estava colocada a primeira pedra no edifício da anestesia moderna.


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Avisaram que faltariam medicamentos e tiveram 6 meses para comprar.

Nada como a falta de planejamento e a crendice ideológica para destruir a saúde de um país. Em setembro do ano passado, a crise de medicamentos para a UTI mostrou as mangas, avisou que derrotaria a saúde nacional. Naquela época, o ministério da saúde esbanjava as compras e produções de cloroquina e não se interessava pela iminente falta de anestésicos e relaxantes musculares. Os hospitais particulares avisaram esse ministério que esses medicamentos faltariam. mas o ministério não os comprou, sob o argumento de que estavam caros.


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Preços de medicamentos para UTI saltaram até 1.000%.

Neste momento dramático, o ministério está adquirindo esses medicamentos com uma alta em média de 650%. E há muitos medicamentos que superaram os 1.000% de alta. Segundo o levantamento da Confederação Nacional de Saúde, o relaxante muscular midazolam saltou de R$ 22 para R$174. Entre os mais usados na intubação, o atracúrio, saiu de R$ 32 para R$195, enquanto o rocurônio, saltou de R$33 para R$201.

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