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Em Pauta

Compre que o governo garante, foi o lema dos últimos anos no Brasil

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/10/2015 07:03
Compre que o governo garante, foi o lema dos últimos anos no Brasil

Os brasileiros eram os maiores consumidores em comparação com as populações dos países do Bric.

Compre que o governo garante, foi o lema dos últimos anos no Brasil. E essa política fadada ao insucesso mostra a distância construída no quesito consumismo com as demais populações do Bric. Embora alguém possa imaginar que a importância do gigante brasileiro é muito menor dentro do bloco composto por China, Índia e Rússia, a realidade é diferente. Em 2014 o gasto médio do consumidor brasileiro - US$ 7 mil - foi mais que o dobro de um consumidor chinês - cerca de US$ 2,9 mil. Seis vezes maior que o de um indiano - menos de US$ 1 mil. E equiparável com um russo. Agora chegou a fatura, está na hora de pagar a conta do exagero. Repentinamente, nos tornamos ricos sem ter dinheiro.

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Hospitais filantrópicos, semelhantes à Santa Casa de Campo Grande, buscam dinheiro estrangeiro.

Os hospitais filantrópicos de todo o país querem aproveitar o momento para atrair dinheiro estrangeiro, para tanto estão se tornando sociedades com fins lucrativos - por meio de um processo de "desmutualização" - uma empresa sem fins lucrativos que deseja obter superávit em suas atividades. A movimentação tem sido grande em várias capitais devido à abertura para o capital estrangeiro - autorizada pela Lei 13.097. Muitos gestores de hospitais filantrópicos passaram a entender que deixarão de concorrer com hospitais particulares pois esses últimos estão muito mais ágeis para captar investimentos.

A rede privada de saúde é vista pelo mercado de investidores como muito promissora. Estima-se que 80 milhões de brasileiros utilizem hospitais particulares, além disso, a população brasileira está envelhecendo e o país tem a maior cobertura de plano de saúde do mundo, o que desperta ainda mais o interesse dos investidores. Todavia, os estudiosos dessa nova tendência chamam a atenção para um outro movimento do mercado financeiro: da centralização em hospitais regionais. Entendem que ficará ainda mais difícil para os pequenos municípios competirem.

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As três travas do impeachment de Dilma.

Para o impeachment são necessários 342 votos. A derrota de Dilma mais significativa no parlamento foi a PEC da bengala, que retirou da presidenta, ao aumentar em cinco anos a idade para a aposentadoria compulsória dos ministros do STF. Nesse placar, o mais desfavorável para Dilma, 333 deputados votaram por tirar esse poder das mãos de Dilma. A PEC da bengala nunca teve a gravidade de um impeachment. A reação do PT, Lula e movimentos sociais seria forte. Essa é a primeira trava. É bem provável que faltem votos em favor do impeachment.

A segunda trava tem a ver com a composição dos ministérios. Há um entrelaçamento entre ministérios e votos no Congresso pois os partidos e ministros estão comprometidos. Ainda que ocorram votos contrários a Dilma de partidos que estão no comando de ministérios, é pouco provável que sua soma de como resultado o impeachment.

A terceira trava é a mais complexa. Um dilema de forte envergadura. É a disputa entre PT e PSDB. Onde um está o outro não fica. Assim, caso Michel Temer assuma a presidência, o PT ficaria na oposição, obrigando o PSDB a aderir ao governo. Sabendo disso, o PSDB não o faria, porque deixaria todo o espaço da oposição livre par Lula e qualquer um que venha a assumir a presidência terá de encarar um período longo de economia difícil e popularidade baixa.

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Petrobras retira descontos e tira competitividade do gás.

A Petrobras e as autoridades do governo responsáveis pela política de preços do gás natural estão sendo criticadas pelos segmentos da economia que foram afetados pela suspensão dos descontos na venda do combustível. O incentivo que vinha sendo oferecido desde 2011, com abatimento de cerca de 20% do valor nos pontos de entrega, passou a ser retirado no primeiro semestre. Até o fim do ano, o benefício será suspenso integralmente.

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