Morto espancado por grupo foi apontado como comparsa de serial killer
Jader Alves Correa acabou sendo absolvido da acusação de participar da morte de Ana Cláudia Marques em 2016
RESUMO
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Jader Alves Corrêa, 39 anos, foi espancado até a morte por um grupo de seis pessoas em Campo Grande. Ele havia sido absolvido em 2019 da acusação de ser comparsa do serial killer Luiz Alves Martins Filho, o Nando, na morte de Ana Cláudia Marques. O ataque foi registrado por câmeras de segurança e ocorreu no Bairro Danúbio Azul. Jader, usuário de drogas, tinha muitas inimizades na região. A polícia investiga o caso como homicídio qualificado. Jader já havia sofrido atentados em 2016 e 2020, sendo baleado e esfaqueado em ocasiões anteriores.
Jader Alves Corrêa, 39 anos, chegou a ser apontado como comparsa do serial killer Luiz Alves Martins Filho, o Nando, na morte de Ana Cláudia Marques, 37 anos, em 2016. O homem acabou sendo absolvido da acusação em novembro de 2019, por falta de provas e, neste sábado (8), morreu ao ser espancado por grupo de ao menos seis pessoas no Bairro Danúbio Azul, em Campo Grande.
Vídeo de câmera de segurança registrou o ataque, que aconteceu por volta das 4h30. A gravação tem cerca de 1 minuto e 20 segundos e mostra o momento em que Jader, que era usuário de drogas, aparece correndo pela Rua Fenícia, e o grupo de homens vêm logo atrás. Um rapaz é visto à frente da vítima e desaparece da imagem.
Um dos autores chega a arremessar um objeto contra a vítima, que é seguida até perto da esquina da rua e cai. Com pedaços de pau, o grupo se aproxima e o homem é agredido até a morte. Uma mulher também aparece no vídeo.
De acordo com o boletim de ocorrência, vizinhos relataram que por volta das 4h de hoje escutaram muitos gritos na rua. Depois viram várias pessoas correndo pela via e perto do meio fio, encontraram momentos depois Jader sem vida e acionaram a PM (Polícia Militar).
A perícia foi chamada e constatou que a vítima tinha múltiplas lesões na cabeça e tórax. O padrasto da vítima contou que ele tinha muitas inimizades no bairro por conta do uso de drogas. Um dos vizinhos chegou a relatar que ouviu a mulher que estava com o grupo dizer “Vamos embora, pai”.
No local foram recolhidos um capacete com manchadas de sangue, uma bainha preta que possivelmente foi usada para guardar a faca usada no crime, que foi levada pelos autores, e um casaco escuro também sujo de sangue. O celular da vítima também foi recolhido pela perícia.
Equipe da DHPP (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio e de Proteção à Pessoa) também esteve no local, bem como o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, Felipe Madeira. O caso foi registrado como homicídio qualificado.
Serial killer – Em novembro de 2016, Jader sofreu atentado no Danúbio Azul. Ele foi atingido por seis tiros na Rua Alvares Penteado e vizinhos contaram que ele corria e gritava que não tinha nada a ver enquanto era perseguido por dois homens que efetuavam os disparos. Pouco tempo depois, foi apontado como comparsa de Nando no homicídio de Ana Cláudia.
A mulher foi executada, naquele ano, espancada a pauladas e enforcada pelo serial killer. No entanto, em novembro de 2019, ele foi julgado e absolvido por falta de provas.
Já em fevereiro de 2020, o homem foi novamente vítima de atentado. Na ocasião, ele foi esfaqueado e teve o pulmão perfurado. Jader pediu socorro na casa de uma mulher na Rua Acrópole e foi encaminhado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o CRS (Centro Regional de Saúde) do Nova Bahia, inconsciente e precisou ser transferido para a Santa Casa.
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