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Capital

Jurados inocentam réu acusado de execução no "cemitério do Nando"

Jurados levaram em consideração a falta de provas que comprovassem a autoria de Jader Alves Corrêa no crime

Adriano Fernandes | 18/11/2019 19:31
Nando durante sessão de julgamento no início deste mês. (Foto: Marcos Maluf)
Nando durante sessão de julgamento no início deste mês. (Foto: Marcos Maluf)

Apontado com um dos comparsas do serial killer Luiz Alves Martins Filho, o Nando, Jader Alves Corrêa foi inocentado do envolvimento no assassinato de Ana Cláudia Marques, 37 anos, em 2016. O próprio Nando e Jean Marlon Dias Domingues, também acusados de participação já haviam sido inocentados pelo crime de homicídio de Ana Cláudia, em fevereiro deste ano.

Na sessão de julgamento, desta segunda-feira (18), o Ministério Público reforçou o pedido de condenação no homicídio qualificado pela asfixia da vítima, bem como a condenação na ocultação de cadáver. Por outro lado a defensoria pública, pedia a absolvição do réu por falta de provas, tese que foi acatada pela maioria dos jurados.

O crime - Apesar de ter sido inocentado do crime de homicídio, Nando foi condenado a dois anos e 30 dias de multa pelo crime de ocultação de cadáver da Ana Cláudia enquanto Jean, a um ano de reclusão, ambos, em regime fechado. No caso do segundo réu, a pena foi reduzida porque ele colaborou na fase de inquérito policial e na condução do processo criminal.

Em depoimento, Nando negou autoria do crime, acusando Jader Alves Correa, mas confessou participação na ocultação de cadáver. Durante o julgamento, os dois afirmaram que Jander é quem teria matado a vítima. Jean contou que no dia do crime, saiu com Nando e foi até a chácara do terceiro suspeito. Quando chegaram lá, encontram Ana Cláudia muito machucada.

Segundo ele, a mulher havia sido espancada por Jader a pauladas e barra de ferro. Na frente dele e de Nando, o dono da propriedade teria matado a vítima enforcada. Os três, então, teriam colocado a mulher em uma caminhonete e a levaram para a região do aterro sanitário do Noroeste e jogado o corpo em um buraco cavado por Nando.

Apontado como autor de ao menos 16 assassinatos, Nando soma mais de 136 anos de prisão pelas execuções e ocultação dos cadáveis das vítimas em seu "cemitério particular", na região do Bairro Danúbio Azul. 

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