Nando é condenado em mais um júri e pena ultrapassa 136 anos de prisão

Luiz Alves Martins Filho, o Nando, foi condenado nesta quarta-feira (6) a 16 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato de Aline Farias da Silva, de 22 anos, uma das 16 vítimas assassinadas por ele e eu “grupo de extermínio” na região do Bairro Danúbio Azul, em Campo Grande. Michel Henrique Vilela Vieira, comparsa do serial killer no crime, foi condenado a 13 anos e 9 meses de reclusão.

Os dois comparsas foram a julgamento nesta manhã na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande e foram condenados por homicídio qualificado por motivo fútil, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Segundo a polícia, Aline foi morta por ter se negado a fazer um programa, pelo qual já havia recebido. Assim como a maioria das vítimas foi enforcada com uma correia de máquina de lavar roupa.O corpo da jovem foi encontrado no ''cemitério'' do Jardim Veraneio no dia 25 de novembro de 2016.

Em depoimento Nando voltou a negar o crime e mais uma vez atribuiu o crime a Jeová Ferreira Lima, conhecido como “Vasco”. Durante o julgamento, o serial killer, que usava camiseta com versículo bíblico e a frase ''Jesus te ama'', chorou e se estapeou enquanto afirmava sua inocência. ''Eu já disse pra vocês. Vocês não são surdos".

Ainda assim, foi condenado a 16 anos e 10 meses de reclusão e 20 dias-multas pelo crime. Michel, que também negou participar do assassinato foi condenado a 13 anos, nove meses de reclusão e 10 dias-multas. Com a condenação desta quarta-feira, Nando soma mais de 136 anos de prisão.

Essa é a 11ª vez que Nando é julgado no Tribunal do Júri. O 12º deveria ter acontecido em agosto deste ano, mas foi interrompido antes da condenação depois que Nando sofreu um surto, precisou ser levado para o posto de saúde e promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos desmaiou no plenário e foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).