Coronavac super eficiente. Mistura de vacinas e as reações

Treino é treino, jogo é jogo. Um gigantesco estudo realizado na Indonésia mostrou que a CoronaVac na vida real é super eficaz. Os treinos (testes de fase três) mostravam eficácia pouco superior a 50%, mas o jogo (viver com duas doses inoculadas) é muito diferente. A eficiência na prevenção de mortes é de 98% e a da evitar hospitalização é de 96%. O estudo foi realizado com 128.290 profissionais da saúde.

Efeitos leves na mistura de Pfizer com AstraZeneca

Os primeiros resultados de uma ampla pesquisa realizada na Inglaterra mostra que misturar vacinas diferentes aumenta os casos de febres, dores musculares ou articulares e fadiga generalizada. Essas reações adversas chegam a triplicar quando a mistura de doses foi feita com a vacina da Pfizer e a da AstraZeneca. O estudo também indica que esses efeitos não chegam a ser graves, são de curta duração e são aliviados com paracetamol.

Pesquisa com maiores de 50 anos.

A pesquisa foi realizada somente com pessoas maiores de 50 anos. Os cientistas advertem que existe a possibilidade de que os menores dessa idade tenham mais reações adversas e mais intensas. A reação mais comum é a febre. Nada menos de 34% dos inoculados com as duas vacinas tiveram febre moderada. Também informam que as dores no local de inoculação das vacinas não tiveram alteração alguma, em comparação com quando tomam duas doses da mesma vacina. E nem encontraram trombos ou alergias.

Aventam a hipótese de que a mistura de vacinas pode aumentar a defesa.

Ainda que não alardeiem, os cientistas mostraram-se muito esperançosos de que a mistura de vacinas dê ao corpo humano maior capacidade de defesa frente ao vírus - a chamada imunogenicidade seria aumentada. Esclarecem, todavia, que faltam ainda alguns dados para estabelecer essa melhoria. A tese é de que o aumento das reações adversas equivale a uma maior eficácia da vacina. Em suma, esperam os cientistas, quanto maior forem as reações adversas, melhores os resultados das vacinas.