Diga sim à vida. O aborto é inaceitável
Entra ano, sai ano, os favoráveis ao aborto fazem barulho. Dessa vez foram além, o aborto está legalizado pela justiça. Argumentos enviesados levaram a essa situação. O mais utilizado é o de que "são apenas um amontoado de células, não é vida humana". Tudo é questão do que se pode provar. Onde tem início a vida humana? Em geral, uma pessoa contra o aborto crê que seja no momento da concepção. Quem é a favor do aborto acredita em prazos mais longos - geralmente três meses de gestação.
É importante frisar que ambas as perspectivas têm amparo científico. Ou melhor, não há um consenso no mundo científico do momento em que se inicia a vida humana. Contudo, há consenso de que antes da concepção há vida, mas não humana. Em suma, a única margem segura para que qualquer interrupção de gravidez não seja, possivelmente, a eliminação de uma vida humana, está antes da concepção. Se for após a concepção, pode ser a eliminação de uma vida humana. Ninguém pode, até agora, provar o contrário. A vida humana é inegociável, na ausência de certezas não podemos retirá-la.
Os outro argumentos utilizados pelos pró-aborto estão ligados à saúde pública e ao despreparo para dar a luz a uma criança. É difícil imaginar que o aborto fará bem à saúde da mulher. Há malefícios físicos, psicológicos e emocionais. E imaginar que os governantes brasileiros cuidarão das mulheres que desejarem abortar, é acreditar em saci-pererê. "Mas se nascer, viverá em quais condições?"
A moça sem recursos financeiros, abandonada pelos pais, sem teto, sem fonte de alimentação, dependente química... São inúmeros os argumentos nesse sentido e pesados. Mas são críticas válidas à situação política e econômica do país. Válidas mas não justificam a eliminação de uma vida para "preservá-la" de um futuro obscuro. Histórias de redenção nas mais adversas condições são incontáveis. Resta o argumento de que as mulheres continuarão praticando o aborto, pouco interessando a legalidade. É verdadeiro e advém do surgimento da humanidade. As mulheres sempre praticaram o aborto, mas não há motivo algum para que as incentivemos.
Velhice: maus-tratos e abandono.
No Brasil, pouco se conhece sobre a violência aos idosos. Não há estatísticas de quantos são agredidos. Não conhecemos nem mesmo o perfil dos agressores, salvo alguns estereótipos como o da nora que agride a sogra ou o da cuidadora que aproveita a solidão e os machuca. Além das agressões físicas devem ser considerados como violência: o abandono, os maus-tratos e o menosprezo. Em 1991, foi criada, em São Paulo, a Delegacia de Polícia de Proteção ao Idoso. Para lá afluíram, aproximadamente, trinta idosos, diariamente, para denunciar maus-tratos. Outro serviço paulista é a Promotoria Especial de Proteção ao Idoso.
Ainda assim, acredita-se que poucos são os idosos que fazem denúncia de violência. O silencia tem muitas razões. Muitos agredidos se sentem envergonhados e sentem medo de apresentar queixas, pode ocorrer um revide ainda maior do agressor. Muitos dependem de seus algozes. Os relatórios da Previdência Social vem mostrando que o problema do envelhecimento é o que há de mais grave no país. Se os governos não tomarem providência urgentes, poderemos, nos próximos anos, ter de enfrentar o problema dos idosos de rua, sem ter resolvido o problema da criança de rua.
A Terra das Crianças Iluminadas.
Um garoto que não aparenta ter mais de dez anos de idade, usa as pequenas mãos infantis para retirar as pedras em volta de uma mina terrestre. Enquanto escava, não para de rezar pedindo proteção para a bomba não explodir. Tensão em alta dose.
Uma gangue de garotos perdidos que vivem na montanha sem qualquer interferências adulta. Vivem de coletar sucata de guerra - restos de munição, minas terrestres e pedaços de tanques entre outras relíquias de um mundo que se tornou violento.
"The Land of Enlightened" (A Terra dos Iluminados) é uma mistura de filme documental com ficção. Um gênero absolutamente inovador. É repleto de momentos incríveis. Para captá-los, o cineasta belga Pieter Jan de Pue, passou sete anos no Afeganistão. Acaba de ser exibido no Festival de Cinema de Curitiba. Imperdível, mesmo para quem não frequenta salas de cinema.