Em CG, o bolsonarismo virou um exército de Brancaleone?
Na Itália do século XI, o maltrapilho Brancaleone forma um exército de mortos de fome e parte em direção a terras a que julga ter direito, uma vez que se considera amigo de poderosos. Percorrendo a Europa medieval em um pangaré, ele se depara com a peste negra, com bruxas e bárbaros. Não passa de uma comédia alimentada pelo "compadrismo", onde o que vale é a servidão de relações sociais identificadas com o feudalismo. Parece que Bolsonaro assistiu o filme e pretendeu dar homéricas risadas ao escolher seu amigo Portela para concorrer à prefeitura de nossa capital. A dúvida que me resta é se ele pretendeu apenas fazer um "remake", uma cópia modernizada do filme, ou se pretende desfilar em algum carro da escola de samba de mesmo nome.
Depois de Soraya e Mandetta, o que nos resta?
Com Portela, a fila dos comandantes "bolsonaristas" que não sabem a que vieram, cresce. Depois do fiasco de poderosos como Soraya Thronicke, Luis Henrique Mandetta e do deputado federal fake Tio Trutis, surgiu a figura do Capitão Contar. Foi uma candidatura para encher de desânimo até o mais fanático dos fanáticos. Não contentes, colocam outro "tiozão" para disputar a mais importante prefeitura do MS. Sem currículo, sem experiência alguma, sem eira e nem beira, Portela poderá nos demonstrar que o buraco do bolsonarismo, em C.Grande, é ainda mais fundo. São livres para obedecer, afinal, alguns comportam-se como se fizessem parte de um exército. Em C.Grande, um exército de Brancaleone. Ô Bolsonaro, não vale apelar, Portela é jogar fora das quatro linhas.