Esqueça Cuba, bom mesmo é o Vietnã
Calor. Povo muito afável. E o melhor do mundo, uma garrafa de cerveja, de excelente qualidade, custando alguns centavos, muito mais barata que uma garrafa de água. Assim é a vida na Conchinchina. Uéé, mas não estamos falando do Vietnã? Sim, coração, quando os portugueses por lá chegaram, em 1513, denominaram a essa região do sul da Ásia, de Conchinchina. O nome original era Kuchi (Cochim), mas como já existia a Cochim na Índia, ficou a Cochim da China. Dai, Conchinchina.
A capital da Conchinchina, que era Saigon, já teve vários pequeninos nomes, finalmente levou o nome do sorridente líder comunista - Ho Chi Minh. Viver nessa cidade é viável e aventura esplêndida da 5h até as 8h, quando os viets vão em massa para os parques, exercitar o esqueleto com o fabuloso Tai Chi Xuan. Depois é o caos, patrocinado pelas motos. Além do turismo organizado, inclusive para visitar os buracos, os túneis Cu Chi, de gatinhas, que os viets usaram para vencer os norte americanos, o mais excitante dever a fazer na Conchinchina é comer. A comida é ótima. Mas, existe país melhor no mundo para viver, com a cerveja custando alguns centavos?
Uma epidemia "adorável": o alcoolismo.
A Pesquisa Global de Drogas (PGD) mostrou que o alcoolismo é um problema maior que o tabagismo e o uso da maconha. O álcool foi a droga que mais enviou pessoas aos prontos-socorros, e o vício que mais preocupou amigos e parentes de suas vítimas. A PGD é a maior pesquisa mundial sobre drogas. Uma constante bem esclarecida por esse estudo foi a não aceitação do problema. Menos de 60% das pessoas que vivem com esse problema reconhece que seu comportamento os coloca sob alto risco. Se o crack tem feito a cada dia mais reféns, os dependentes do álcool vivem em uma espécie de Síndrome de Estocolmo. Essa síndrome é caracterizada quando uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia, e até mesmo, sentimento de amor ou amizade com o seu agressor. Sim, o álcool é "amado" por seus dependentes.
Queda de 18% na produção de cerveja no Brasil.
Foi um tombão. Nem mesmo a santa cerveja do dia-a-dia do brasileiro escapou da crise. Em março, a produção de cerveja somou 900 milhões de litros, o que representou uma queda de 18% em comparação com o mesmo mês de 2015. No acumulado de janeiro a março, as notícias também não são nada refrescantes, a produção somou 3,3 bilhões de litros, uma queda de 6,8% perante igual período do ano passado. O fator determinante da queda é decorrente do aumento da alíquota do ICMS em vários Estados. As indústrias repassam o valor do imposto para o contribuinte. O consumidor acaba não aguentando. O consumo cai e o governo não consegue o resultado desejado de ter mais dinheiro nos cofres. Como esta coluna alertava, o aumento do ICMS nesse setor é um tiro na garrafa, ou no pé de quem o deferiu.