Estudos da ferrovia Dourados-Estrela do Oeste (SP) demorarão mais oito meses
Empresas pedirão mais prazo ao Governo para analisar construção da ferrovia
Vinte grupos empresariais estão interessados na concessão de seis trechos ferroviários brasileiros, um deles é a J&F (dona da JBS). Todavia, os estudos das empresas ainda nem começaram e pedirão ao governo federal, após o período eleitoral, adiamento do prazo para entregar os levantamentos.
O Ministério dos Transportes autorizou os estudos em agosto para findar em abril de 2015 e nessa data dar início à elaboração dos editais de concessão. O governo delegou às empresas essa responsabilidade por entender que os estudos realizados por Brasília estavam sofrendo muitas críticas dos empresários por supostamente terem investimentos subestimados. O trecho da futura ferrovia que ligará Dourados a Estrela do Oeste (SP) foi um dos que maior interesse despertou: foram 13 empresas que se propuseram a estudar a construção dessa ferrovia.
O impacto ambiental da construção civil
O setor de construção civil é grande consumidor de recursos naturais: consome 40% da energia produzida no mundo, 30% da extração de matérias-primas e 25% da água. E ainda é responsável por outros 25% dos resíduos sólidos gerados. Além de tudo isso, dois de seus principais insumos, o cimento e o aço, são responsáveis por quase 10% das emissões globais de gases de efeito estufa.
Em tempos em que a sustentabilidade assumiu preponderância, construir de modo a evitar grandes impactos ambientais, com o correto aproveitamento dos recursos naturais, se tornou mais do que mero marketing: traz um potencial de valorização do imóvel da ordem de 5%.
Imóveis sustentáveis têm forte apelo comercial
As ideias não são novas, a novidade está na sua utilização. A água da chuva ser captada e tratada internamente para uso não potáveis, como nas descargas e jardinagem. O consumo energético ser organizado pelo mix de energia das concessionárias e a gás. Claraboias permitindo a entrada de luz natural e a refração do calor do sol com a utilização de vidros especiais. Todas juntas, são medidas que trazem um aumento de despesas da ordem de 5% que é prontamente eliminado com a valorização que atinge o mesmo patamar. Vale lembrar que edifícios sustentáveis têm mostrado que possuem apelo comercial bem superior aos que não se preocupam com a sustentabilidade.
Prédios inteligentes começam a ser construídos no Brasil
Novas exigências demandam novas soluções. Em primeiro lugar, a busca pela produtividade levou a construção brasileira a adotar estratégias de industrialização e mecanização por meio de pré-moldados, produzidos fora ou mesmo no canteiro das obras e praticamente abolindo a alvenaria. Agora, as construtoras mais inovadoras dão um passo adiante rumo à automação, e as tecnologias de informação e comunicação estão cada vez mais presentes.
Há um pequeno prédio, apenas seis andares, sendo construído no Leblon, no Rio de Janeiro, o metro quadrado mais caro do país, em que a fachada utiliza vidro translúcido, que substitui a alvenaria e oferece iluminação natural como se a parede estivesse acesa. A garagem terá um sistema duplicador de vagas, produzido por uma empresa suíça, com estruturas de andares para agilizar e facilitar a vida do morador. Também terá sensores e controles de luz, som, temperatura, luz decorativa, cortina, TV, home theater e controle de banheira, que podem ser programados à distância.
Tecnologia da informação presente nas novas obras
Mas não para aí: nas obras, a tecnologia da informação está sendo empregada em diversas áreas. São sensores, telemetria e computadores de bordo nos equipamentos. É bom lembrar que os mais aplicados do setor da construção sabem, há 30 anos, que suas máquinas são subaproveitadas e não atingem nem 50% de seu potencial. Máquinas paradas é dinheiro desperdiçado.
Agora imagine o mercado regulado pelo e-social, que entrará em vigor em fevereiro, e vai colocar on-line todas as informações tributárias e sociais. Essa exigência levará os despreparados de tecnologia da informação e com industrialização a um gasto incompatível com os padrões que são adotados atualmente. Muitos empresários de ponta acreditam na extinção das horas extras e exigirão uma precisão muito superior à adotada hoje em dia no processo de construção.
Um jovem palestino na Cisjordânia
Os jornais noticiam: " centenas de palestinos, em sua maioria chebab ("jovens") reuniram-se para protestar contra o assassinato de um comerciante de 30 anos. Estilingues e pedras nas mãos. Mais uma Intifada no que restou em pé na região.
Após 50 dias de intenso bombardeio, os israelenses provocaram estragos sem equivalentes desde 1967, com mais de 2 mil mortos, dos quais 500 crianças.
Estacionados a algumas centenas de metros e protegidos das pedras lançadas pelos chebab contra seus ultra equipados jipes blindados, os soldados israelenses observam os manifestantes com um olhar zombeteiro. Os jovens palestinos serão dispersados por bombas de gás lacrimogênio. Esta é uma cena cotidiana nas fronteiras de Israel com a Palestina.
Quando a única opção é viver da guerra
A pobreza atinge 55% dos habitantes. O desemprego chega a estratosféricos 53%, dos quais 65% são jovens diplomados. A desordem e a insalubridade atingem absolutamente todos os lares que ainda restaram. E mais, 60% tem menos de 25 anos e amontoam-se em um quilômetro quadrado. É conveniente repetir: são 28 mil pessoas vivendo na Cisjordânia em um quilômetro quadrado. Apenas a título de comparação para melhor compreensão: nas aldeias de Dourados, Jaguapiru e Bororó, vivem 12 mil indígenas em 36 quilômetros quadrados e todos consideramos esse modo de vida um absurdo inconcebível. Pois na Cisjordânia encontramos mais do dobro de palestinos em tão somente 1 quilômetro quadrado. A única alternativa que encontraram naquela fronteira, do outro lado do mundo, foi a de viver na guerra e da guerra.