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Em Pauta

Fim de ano. Não espere, viva cantando e viajando

Mário Sérgio Lorenzetto | 28/11/2016 07:08
Fim de ano. Não espere, viva cantando e viajando

Já fez o balanço de 2016? Cedo ou tarde essa tarefa terá de ser encarada. Porque não começar agora? O balanço do ano (de qualquer ano) é importante. Sem ele os meses emendam-se uns nos outros e, quando reparamos, não estamos mais em 1996. Muita coisa saiu de moda. A fartura de seu cabelo é diametralmente oposta à da sua barriga. O tempo passa... Viver é simples: inspire, expire. Faça o que for possível entre uma coisa e outra.

Meu amigo, a geografia pode ser uma ciência inexata. Cérebros não andam, pernas não pensam. Nada sei sobre os princípios e os fins de nossas jornadas. Construam as que desejarem ou conseguirem. Mas é possível observar algumas coordenadas de maneira desordenada.

Se a queda é longa, voe. Se o ônibus atrasa, cante. Cante sempre. Se a solidão aperta, durma. Se a insônia atrapalha, dance. Rasgue mapas. Deixe cair café no GPS. Vinho no iPhone. Entre dois destinos escolha o mais distante. Entre dois desígnios, o mais interessante.

Se a companhia é chata, desande. Se ela for boa, faça-a constante. Se há mar, mergulhe. Se há montanha, mova-a. Se há deserto, regue-o. Mesmo que seja de suor e lágrimas. Só não fique eternamente parado. Ainda há um mês para tornamos 2016 o melhor ano de nossas vidas. Não é muito. Nem pouco. É o que temos.

Fim de ano. Não espere, viva cantando e viajando

O poder da música sobre teu corpo

Você não imagina o que acontece com teu corpo ao ouvir uma boa e tranquila música. Em 10 segundos, milhares de emoções invadem teu coração. Em 30 segundos, teu cérebro é reprogramado e te faz esquecer de todos os problemas. Adeus tristeza, agonia e estresse. Em 40 segundos, teus pulmões automaticamente se enchem e, se cantar, aumentará o oxigênio no corpo, queimando nutrientes e produzindo mais energia. Em 50 segundos, mesmo que você não perceba, teu corpo começará a dançar. Em 60 segundos, você estará um pouco (ou muito) mais tranquilo.

Fim de ano. Não espere, viva cantando e viajando

O Efeito Monet. A luta do espaço contra o tempo

As telas do mestre francês Claude Monet, vistos em perspectiva, são obras primas admiradas pelo mundo. Todavia, as mesmas telas, olhadas de perto, são um verdadeiro caos. Esse é o efeito causado pelo pintor. Essa é a tentativa de explicar fatos políticos considerados incompreensíveis pelo mundo afora.

Como explicar que Gorbatchov foi admirado no mundo e odiado na Rússia? Em um só lance, o líder soviético acabou com o comunismo e com a guerra fria. Restaram apenas escombros em países insignificantes. Mas Gorbatchov tornou-se um símbolo da traição em seu país. A Rússia viveu uma crise econômica e política durante anos.

Há pouco tempo fato assemelhado ocorreu na Colômbia. O governo e o principal grupo guerrilheiro - Farcs - assinaram um termo de pacificação. O mundo todo saudou. Mas a população colombiana foi às urnas e não aceitou a pacificação. Argumentaram que não poderiam perdoar quem só pensava em promover a guerra. Quase ao mesmo tempo, os britânico votaram pelo Brexit. O que parecia magnífico aos olhos do mundo - a paz na América do Sul e a união dos países europeus - pareceu assustador à maioria dos colombianos e britânicos.

Fato parecido ocorreu com o impeachment de Dilma. Uma grande quantidade de jornais estrangeiros mostraram preocupação com as notícias de que no nosso país, uma presidente eleita, seria derrubada do poder.
Tendo em conta esses casos, afinal, quem observa melhor: os que olham para a árvore ou quem observa a floresta?

Era preferível a paz colombiana, mesmo com quem só fez guerra? E a União Europeia, muito mais desunida do que um bloco, conseguirá se reerguer? O resultado das urnas brasileiras, de dois anos atrás, mesmo com as crises econômicas e políticas insustentáveis que se lhes seguiram?

Não há uma resposta definitiva. Até porque a perspectiva nos é dada menos pelo espaço (estarmos perto ou distantes de um fato) e mais pelo tempo. O tal "mais sábio dos conselheiros", como dizia Plutarco. Temos de dar tempo ao tempo. O perguntar aos russos se mudaram de opinião sobre Gorbatchov.

Fim de ano. Não espere, viva cantando e viajando

Em menos de 20 anos controlaremos o mundo com nossa mente

Não se trata de ficção científica ou previsões de algum cientista maluco. O Pentágono tem um departamento que cuida de projetos de investigação avançada - DARPA. Esse é o maior laboratório do mundo de inovações tecnológicas. Desde 1958, é responsável por alguns dos projetos militares mais importantes do mundo. Depois de aplicados nas forças armadas são transportados para o mercado tecnológico civil. O melhor exemplo dos cientistas do DARPA é o funcionamento da internet. Pegaram nas universidades, cresceu nas forças armadas dos EUA e foi usado no mundo todo.

O que andam criando os cientistas do DARPA? O primeiro comentário é jocoso. Dizem que criaram os primeiros robôs que servem cerveja. Esses robôs já estão sendo usados em bares dos EUA. O DARPA nega a autoria. A maior pesquisa do DARPA é com o poder da mente. Estão fazendo testes para que consigamos controlar tudo que existe em uma casa só com o poder da mente. Outros testes são os de comunicação à distancia. Falaremos com nossos amigos e familiares apenas com a atividade cerebral. O DARPA já conseguiu devolver mobilidade a um homem paralisado com recurso de implantes cerebrais.

Eles também trabalham com novos recursos para a construção de edifícios. Garantem que os novos edifícios serão muito mais robustos que os atuais e, ao mesmo tempo, leves como uma pena. Imaginem a estrutura da Torre Eiffel feita com moléculas cujas propriedades podem ser controladas, ao contrário do que sempre imaginamos. Seus alicerces serão robustos e leves.

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