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Em Pauta

Fonte da juventude eterna: pesquisa de epigenética e fome

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 27/06/2024 07:20
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Três bilhões de dólares. Dinheiro para elevar qualquer pesquisa científica às alturas. Uma dezena dos homens mais ricos do mundo - que se mantém no anonimato -  resolveu investir pesado para decifrar os segredos do envelhecimento. Contratam os melhores especialistas do setor. Não há um um só brasileiro, ainda que tenhamos alguns dos melhores geneticistas pesquisando em outros países.


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Rejuvenescer células humanas.

O objetivo final das pesquisas da Altos Labs, nome da empresa dos 3 bilhões de dólares, é conquistar o rejuvenescimento das células humanas. Não é reduzir a velocidade do envelhecimento, é revertê-lo. Conseguir uma vida mais longa e sadia. Mas, onde mora o envelhecimento? Há duas pesquisas das centenas de Altos Lab que vieram a público: o papel da epigenética e da restrição calórica no envelhecimento.


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O que é epigenética?

De repente, há dez anos, um novo termo conquistou o mundo científico: a epigenética passava a ter fama de ser uma nova mágica da saúde. Não tem nada de inexplicável, mágico-sobrenatural. Nada mais é que o estudo de moléculas que "grudam" nos genes sem mudar sua ordem. A molécula mais comum é a banal -CH, conhecida como "metil". Vem daí o termo "metilação", isto é, a quantidade e localização desses grupo de metil que estão unidos aos genes. O Altos Lab analisou o padrão de metilação em 348 espécies de mamíferos, inclusive em humanos. Descobriram que há forte relação da metilação com a idade máxima que cada espécie de mamífero pode viver. A nossa é de 122 anos, a das baleias é de 211 anos. Na outra ponta da tabela, a vida máxima dos ratinhos chamados musaranhos é de 1,9 anos. A metilação está associada a essas idades máximas, talvez a determine.


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Fome não aumenta idade máxima.

Há cinquenta anos, a ciência descobriu que a "restrição calórica" pode aumentar a idade média dos mamíferos. Observem bem: aumenta a idade média, te da mais alguns anos de vida. Essa tal "restrição calórica" é, na prática, passe fome todos os dias de tua vida. Comer 30% a menos, conta a ser feita depois que você estiver chegado à aquilo que considera o mínimo para sobreviver. Em resumo: fome severa. O Altos Lab publicou pesquisa demonstrando que a fome severa não aumenta o limite máximo de vida, não altera os 122 anos que nos condena à morte. E não dá resposta conclusiva sobre o aumento da idade média. Altos Lab está dizendo que continuará com as pesquisas de metilação e abandonará as de restrição calórica.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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