Futebol - O ocaso dos torcedores violentos e as ações proativas dos clubes
Futebol - O ocaso dos torcedores violentos
Na Europa as torcidas organizadas são denominadas "ultras". E todas têm fortes laços com alguma ideologia radical. Há ultras de extrema direita, de extrema esquerda, antissemitas e os favoráveis a um mundo constituído apenas por arianos (só brancos, de preferência loiros e olhos claros).
Tal como no Brasil, a violência estoura constantemente entre as torcidas organizadas. Mas por lá as providências são duras. A maioria dos times europeus expulsou esses torcedores de seus estádios. Eles são presos e fichados pela polícia, são alvo de revistas que funcionam, não recebem ingressos baratos ou gratuitos e são proibidos de sair dos estádios nos intervalos dos jogos e ao final enquanto não esvaziar.
Mas as medidas apenas proibitivas nem sempre resolviam a violência. Os clubes europeus começaram a tomar medidas mais proativas - criaram as suas próprias torcidas jovens. São jovens que pulam e gritam o jogo inteiro em favor de seu time, mas escolhidos pelos clubes e não com uma organização paralela aos times. O Valência, um time espanhol, afirma ter solucionado seus problemas com os violentos e está se tornando um modelo europeu. Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid estão seguindo o mesmo modelo com bons resultados em seus estádios. Mas os violentos não desistem. Deixaram de brigar nos estádios e tomaram as ruas circunvizinhas a eles de assalto.
Estados Unidos e o mundo contemporâneo - depois da maconha a poligamia começa a ser liberada
Os matrimônios múltiplos, um homem casado com várias mulheres, são ilegais nos Estados Unidos desde o século XIX. A própria igreja mórmon o rechaça desde mais de um século. Todavia, alguns membros da comunidade radical de mórmons do Estado de Utah o seguem praticando de maneira "não legal" (os norte-americanos não utilizam para o caso a palavra "ilegal"). Até agora ele era mais ou menos tolerado nessa região, desde que não chamasse muita atenção. Uma posição confortável e hipócrita. O cálculo é de mais de 30.000 homens mórmons vivendo com várias mulheres.
A ficção televisiva Big Love deu algumas pistas sob o tema, mas foi outro programa de TV que fez detonar o debate - Sister Wives. Desde então os Brown se tornaram famosos contando sua vida diária, sem ficção.
Agora, um juiz federal deu razão a uma conhecida família poligâmica em seu litígio contra a União. Foram três anos de debates na justiça e em todo os Estados Unidos. Tal como no caso do casamento gay no Brasil, o Congresso dos EUA temeroso de perder votos nada resolveu, a justiça solucionou o impasse. O juiz invocou as liberdades individuais para liberar a poligamia.
O mito do ventilador: ele não refresca o ambiente
Estamos em pleno verão do inverno. Temperaturas altíssimas no inverno. E um dos grandes mitos do verão é que o ventilador ajuda a refrescar um ambiente. Ele jamais pode refrescar um quarto. Ele só consegue refrescar as pessoas que estão dentro dele.
Pense em um dia em que o ar está mais frio que sua pele. Em média, seu corpo gera cerca de 100 watts de calor (o mesmo que uma lâmpada comum) que é dissipado no ambiente. Se não houver vento, esse calor cria uma pequena camada de ar quente ao redor de você e o aquece. Se esse calor alcançar a temperatura de seu corpo, ele se torna uma boa barreira térmica par o ambiente. O calor de sua pele não consegue atravessar essa barreira pois o calor se desloca somente de um lugar mais quente para um lugar mais frio. À medida que a temperatura de sua pele aumenta você se sente desconfortável, se mexe, ou melhor, começa a suar. Então, o ventilador entra em cena.
Quando um ventilador joga vento em você, ele está afastando a camada de ar quente que fica a sua volta. Em um dia em que o ar estiver mais frio do que você, o ventilador troca o ar quente à sua volta pelo ar mais frio do ambiente, que ainda não foi aquecido pela sua pele. Você se sentirá mais confortável. Mas o ventilador não esfriará o quarto. Ele só retira o ar quente que está em tua volta. Só existe uma saída - compre um aparelho de ar condicionado.
Insegurança com a economia reflete na mudança de hábitos de consumo das famílias
Os produtos mais atingidos são os alimentos, seguidos de bebidas, higiene e limpeza, aponta levantamento do Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo). O levantamento é uma amostra pequena, que envolveu somente 200 famílias, metade delas ganhando mais de dez salários mínimos. Os entrevistados demonstraram que a mudança na hora de fazer as compras em supermercados é significativa, realidade de 60%. Do total, 40% se esforçam para manter os hábitos de consumo, mas 19% reduziram a quantidade de compras para manter as marcas preferidas. Para 18%, houve troca de marca e 25% trocaram marca e reduziram a quantidade.
Ao serem questionados a respeito da expectativa em relação ao futuro econômico, 76% dos entrevistados acreditam que o impacto da inflação sobre o orçamento da família e sobre os hábitos de consumo será maior nos próximos meses. Para 17% e 7% disseram que será menor.
Mais da metade dos entrevistados (54%) considera o atual quadro econômico pior que o dos últimos meses e 38% acham que continua igual. Apenas 8% entendem que o cenário melhorou. Dos que consideram o momento ruim, independentemente da faixa de renda, 80% já modificaram hábitos de consumo. Se separarmos pela renda, a parcela é maior entre o público que ganha mais de 10 S.M. (83%), mas bem próxima dos que recebem menos de 10 S.M. (76%).
Carro sem motorista vai representar 75% das vendas em 2035
É o que aponta a pesquisa da EY que foi divulgada ontem. Em 2030, a proporção chegará a 41% e a previsão é de que 85% das vendas ocorram na América do Norte, na Europa e na Ásia. Na avaliação da consultoria, em até 10 anos, já será possível o uso de veículos autônomos em ambientes controlados, com um nível moderado de automação e velocidade baixa a média. Em até 20 anos, já deverá haver um alto nível de automação nos veículos e a criação de um mercado personalizado para autônomos. O estudo da consultoria revela que os benefícios do uso em larga escala dos veículos autônomos envolvem segurança, mobilidade e eficiência. Há, porém, diversos desafios a serem superados, como tecnologia, regulação, custos e infraestrutura.
Algumas tecnologias utilizadas nesse tipo de automóvel já estão por aí, como freios automáticos e autoestacionamento. E outros devem chegar em breve ao consumidor, aponta a EY. O carro inteiro autônomo, contudo, não depende somente de tecnologia, há a regulamentação a legislação e os seguros.
De acordo com a previsão da EY, cada carro seria capaz de gerar a transferência de 750 megabytes em dados por segundo. Até 2025, a tecnologia dos autônomos deve somar até US$ 10 mil ao preço do carro. Em 2035, com o aumento das vendas, a tecnologia deve adicionar até US$ 3 mil.