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Em Pauta

Hoje é dia de "plebiscito" divisionista no sul do Brasil

Mário Sérgio Lorenzetto | 07/10/2017 07:59
Hoje é dia de "plebiscito" divisionista no sul do Brasil

O movimento separatista da Catalunha incentivou o sul brasileiro a se separar do Brasil. O movimento "O Sul é o Meu País" está promovendo neste sábado, 7 de outubro, uma consulta popular com a pergunta: "Você quer que Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul formem um país independente?"
São mais de 30 mil voluntários que cuidarão de 3 mil urnas. Os organizadores projetam mais de um milhão de votos com a resposta "sim". Eles dizem que "pelear" é um direito que o governo federal não pode coibir. Apesar da disposição de "pelear", provavelmente será contra o vento pois não se espera nenhuma forma de repressão ao movimento. Eles bem que gostariam, mas não há ninguém se indispondo com o movimento. O objetivo é conquistar assinaturas para que nas eleições de 2018 ocorra um plebiscito válido.
O discurso é claramente contra nortistas e nordestinos: "Estamos cansados de trabalhar aqui embaixo enquanto os de cima aproveitam o banquete", referindo-se à posição do sul no mapa brasileiro. Não há resposta pronta para a criação de um passaporte que impedisse a entrada de outros brasileiros no sul do país e muito menos de quem pagaria as dispendiosas aposentadorias do funcionalismo público sulista. Mas já há um nome para a moeda sulista, será chamada de "pila".
A única possibilidade de segurar esse movimento é com uma verdadeira reforma tributária e política. Eles têm a clara sensação de que são espoliados, são prejudicados pelo governo federal que age em favorecimento do norte e nordeste. O movimento é inconstitucional, mas vem crescendo a cada dia.

Hoje é dia de "plebiscito" divisionista no sul do Brasil

CCJ do Senado aprova demissão de funcionário público por insuficiência.

A mais importante comissão do Senado - CCJ - aprovou regras para a demissão de funcionários públicos estáveis por "insuficiência de desempenho". A regra é aplicável a todos os Poderes nos níveis municipal, estadual e federal. Na prática, estabelece o primeiro passo para a meritocracia. O desempenho de todos funcionários será apurado anualmente por uma comissão avaliadora, que levará em conta a produtividade e a qualidade do serviço. O servidor terá direito ao contraditório, caso não passe na prova.
De acordo com o texto aprovado, o funcionário será demitido quando obtiver conceito "N" - de "Não Atendimento" - nas duas últimas avaliações ou não alcançar o conceito "P" - de "Atendimento Parcial" - na média das cinco últimas avaliações. Caso reprovado, o funcionário terá de pedir reconsideração no prazo de dez dias e obterá resposta do setor de recursos humanos também em dez dias.
A matéria ainda passará por três comissões de menor peso, antes de ir a plenário. Os membros da CCJ estão com o discurso de que todos os setores da sociedade foram ouvidos e a matéria merece aprovação. Difícil de acreditar que os poderosíssimos sindicatos do funcionalismo público ficarão inertes frente ao maior ataque que a estabilidade já recebeu. Já passou da hora do país ter regras que visem a melhoria do serviço público, mas uma meritocracia sem pesos e contrapesos salariais, apenas com risco de demissão, é uma proposta capenga. Há que premiar os melhores funcionários e, ao mesmo tempo, punir nos salários os piores. O Brasil é o único país do mundo onde o funcionário tem direito de greve e estabilidade. O funcionário público é uma "instituição", nada o atinge. Trabalha quando quer e com a qualidade que lhe favoreça. Essa matéria tem cheiro de mais uma atitude do Congresso de agradar a população para obter dividendos nas eleições de outubro vindouro.

Hoje é dia de "plebiscito" divisionista no sul do Brasil

Breve e singela história da @.

Bulgária. Ano 1345. Um escrivão fecha um parágrafo com o habitual "amén". Mas dá um toque especial na letra "a", faz uma decoração e converte essa letra no "@". Mas, aviso aos navegantes, essa não é uma historieta sobrescrita pela História, está na profana Wikipédia. Mas a outra parte é história, contada pela professora Montse Hidalgo Pérez.
Ela diz que o "passaporte", a "carteira de identidade" da arroba vem do mundo árabe. Conta que uma arroba de pepinos equivalia, lá pelo século XV, uns 12 quilos dessa cucurbitácea (o nome científico do pepino). "Rub", significava no árabe clássico uma quarta parte de qualquer produto. A ligação do "@" com a palavra "arroba" ocorreu em 1448, no reino de Aragão e Castela. Aparece em um documento de transação comercial denominado "Taula de Ariza". Mas a @ moderna tardou a aparecer. O símbolo da internet, a pedra angula do Twitter - que conquistaria as demais redes - surgiu pela ideia de um engenheiro de 29 anos, que teve a necessidade de usar um caractere pouco conhecido: "Necessitava de uma letra que não aparecesse frequentemente nos nomes dos usuários ou dos computadores", explicou Ray Tomlinson a "Computer World", em 2007. O primeiro e-mail da história que continha @ foi o desse engenheiro já falecido: tomlinson@bbn-tenexa.

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